Laudo de exame no corpo de esteticista aponta lesões e morte por insuficiência respiratória

Publicado em 22/08/2025, às 18h18
Cláudia Pollyanne faleceu no último sábado, 9 de agosto - Foto: Reprodução

Theo Chaves

O resultado do exame cadavérico feito no corpo da esteticista Cláudia Polllyane Faria de Santa'Anna, de 41 anos, apontou como causa da morte uma insuficiência respiratória aguda. O documento também aponta a presença de diversas lesões traumáticas no corpo da esteticista. Cláudia Polllyane morreu em uma clínica de reabilitação, em Marechal Deodoro, na região metropolitana de Maceió, no último sábado (9).

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O laudo, que tem 13 páginas, cita a evidência de múltiplas lesões externas no corpo da esteticista, que seriam compatíveis com traumas contuso em diferentes estágios evolutivos. No entanto, o perito ressalta que essas marcas não foram suficientes para causar a morte de Cláudia, do ponto de vista médico-legal. O documento também identifica no corpo da vítima sinais de traumatismo cranioencefálico e confirma que ela sofreu uma parada cardiorrespiratória.

Ao final do relatório, o perito cita que os "achados" no corpo da esteticista são consistentes com a prática de tortura, mas não havia elementos técnicos suficientes para confirmar nem para excluir essa hipótese.

O que diz a delegada - Entretanto, ao TNH1, a delegada Liana Franca, que está à frente do inquérito, afirmou que o laudo é compatível com os relatos colhidos pelas testemunhas e outras vítimas da clínica, que denunciaram diversos tipos de violências e abusos sexuais que teriam sido praticados pelos proprietários da comunidade terapêutica.

Ainda segundo Liana, o laudo também corrobora para a denúncia de que Cláudia Pollyane tenha sido exposta a uma violência extrema antes de morrer.

DONOS DA CLÍNICA FORAM PRESOS 

A Polícia Civil de Alagoas prendeu, na tarde desta sexta-feira (22), o dono da clínica de reabilitação onde morreu a esteticista Cláudia Pollyane Faria de Santa'Anna. A esposa dele já havia sido presa no último dia 15.

O dono da clínica, que não teve a identidade divulgada, estava escondido em um motel em Jacarecica, no Litoral Norte de Maceió. 

O CASO 

A família da esteticista Cláudia Pollyanne registrou, no dia 9 de agosto, um Boletim de Ocorrência para solicitar exames complementares após ter sido informada na Unidade de Pronto Atendimento de Marechal Deodoro sobre hematomas no corpo da mulher, que morreu no sábado, 9 de agosto, em uma clínica de reabilitação, em Marechal Deodoro, na região metropolitana de Maceió. 

No relato, o homem diz que a paciente teria entrado em surto de abstinência. Que ela teria sido medicada, jantado e ido dormir. "Ao amanhecer, um colaborador bateu na porta do quarto e foi informado por outras acolhidas que Cláudia Pollyanne não estava bem". O homem afirmou que a levou rapidamente para a UPA de Marechal Deodoro, onde foi constatado o falecimento dela. E que a família foi comunicada.

A família da mulher detalhou no boletim de ocorrência que, ao chegar na UPA, foi informada por uma assistente social e pelo médico de plantão que a vítima já estava em óbito há pelo menos 4 horas e que a Cláudia apresentava hematomas por todo o corpo e olho roxo.

De acordo com a delegada Liana Franco, titular do 17º Distrito Policial, após a repercussão do caso da esteticista, a polícia passou a receber mais denúncias. Após o resgate de uma adolescente de 16 anos, também paciente da clínica, na noite da quinta-feira, 14, a proprietária da clínica foi presa. A menina contou aos policiais que teria sofrido abusos sexuais praticados pelo dono clínica, marido da proprietária.

 

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