Lava Jato: Banqueiro preso é obrigado a passar por presídio Bangu, no Rio

Publicado em 27/11/2015, às 07h46
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Redação

and´re Esteves passa por presídio Bangu, no Rio (Crédito: R7)

O banqueiro André Esteves, dono do BTG Pactual, preso na quarta-feira (25) em novos desdobramentos da operação Lava Jato, segue o mesmo destino carcerário que teve o também banqueiro Salvatore Cacciola, proprietário do falido banco Marka, após ser extraditado pelo principado de Mônaco em 2008: depois de rápida passagem pela penitenciária Ary Franco, Esteves deve permanecer, na noite desta sexta-feira (27), na penitenciária Pedrolino Werling de Oliveira, mais conhecida como Bangu 8.

O motivo da coincidência é que ambos têm diploma de nível superior.

Bangu 8 é considerada uma cadeia um pouco mais estruturada que o presídio Ary Franco, cujo fechamento foi pedido pela ONU em 2012. Na época, relatório da Subcomissão de Prevenção da Tortura das Nações Unidas descreveu casos de tortura e tratamento degradante aos detentos, além de celas insalubres, com sujeira e infestação de insetos.

A transferência de Esteves da carceragem da PF para o presídio Ary Franco foi determinada pelo ministro Teori Zavascki, do STF (Supremo Tribunal Federal), nesta quinta-feira (26).

Na mesma decisão, o ministro negou pedido de liberdade a Esteves.

A transferência de Esteves foi requerida pela Polícia Federal. Os delegados informaram ao ministro que não têm condições de mantê-lo na Superintendência do Rio por falta de espaço.

A estadia de Esteves em Bangu 8, porém, deve ser bem mais rápida que os três anos de Cacciola. O dono do BTG cumpre prisão temporária de cinco dias, que podem ser prorrogados por mais cinco.

Além dele, foi peso o senador Delcídio do Amaral (PT-MS), também por determinação de Zavascki. De acordo com a Procuradoria-Geral da República, que solicitou as prisões, o senador Delcídio prometeu à família do ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró pagamento de R$ 50 mil mensais para que este não assinasse acordo de colaboração com o Ministério Público Federal ou não mencionasse o senador e André Esteves em um possível acordo.

"André Esteves, agindo em unidade de desígnios e conjugação de condutas com o congressista, arcaria com os ônus do auxílio financeiro, haja vista seu interesse em que o acordo de colaboração premiada não fosse assinado", diz o pedido de prisão.

Segundo o advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, conhecido como Kakay, André Esteves não participou de reuniões para evitar que Cerveró firmasse um acordo de delação premiada com o MPF.



Fonte: R7


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