Legista explica estranho caso da jovem dada como morta em Rio Largo

Publicado em 14/11/2017, às 15h02

Redação

Nesta segunda-feira (14), o médico legista, doutor Gerson Odilon, conversou com a equipe do programa Fique Alerta, da TV Pajuçara, para explicar sobre o possível caso de catalepsia da jovem Débora Ísis de Gouveia, de 18 anos, dada como morta no último domingo (12). A família contesta o atestado de óbito. O corpo vai passar por outra necropsia na tarde de hoje, no Instituto Médico Legal (IML), localizado no bairro do Trapiche da Barra, em Maceió.

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De acordo com o especialista que tem 30 anos de experiência na área, casos de catalepsia são percebidos no momento em que o médico examina o corpo. (Confira a entrevista completa no final da matéria)

“Existem sinais imediatos e consecutivos de morte. Nos sinais imediatos são constatados a ausência de respiração, do batimento cardíaco, do movimento dos olhos e a não dilatação da pupila no momento em que se insere luz nos olhos”, explicou.

“Assim que é percebida a constatação destes e de outros sinais cadavéricos, já pode atestar o caso como óbito. Mas estou explicando de um modo geral. Não posso falar aleatoriamente porque não vi o corpo da menina”, declarou.

Durante o Programa Fique Alerta, o apresentador Gernan Lopes perguntou ao legista se é normal o corpo, mesmo 48h após o atestado de óbito, não apresentar sinais de decomposição. Gerson Odilon explicou que seria necessário saber a causa da morte, principalmente se houve a ingestão de antibióticos.

“Se a Ísis Débora teve o uso prolongado de antibióticos, com certeza a constatação do óbito vai demorar, porque isso só é possível com a existência de bactérias atróficas que existem no intestino. E o uso prolongado desse tipo de medicamento faz com que as bactérias morram”, explica o legista.

"Em todos esses anos trabalhando no IML, só vi dois fenômenos parecidos, caso seja constatada a catalepsia da menina. Eu acredito muito que já esteja em óbito pelo tempo decorrido do fato, mas isso só será possível com a palavra final do segundo examinador", concluiu o doutor Gerson Odilon. 

Em caso de mortes não violentas, o óbito pode ser emitido pelo médico assistente. Caso haja dúvidas, o corpo será encaminhado para o serviço de verificação de óbito ou IML, como foi o caso de Ísis Débora, de Rio Largo.

*O TNH1 errou ao afirmar a idade da jovem Débora Isis. A família confirmou que ela tinha 18 anos e não 12 anos como foi publicado anteriormente.

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