Leishmaniose: Alagoas registra aumento de mais de 100% de casos em 2018

Publicado em 03/09/2018, às 17h23
Reprodução/MA10 -

TNH1

Causada por parasitas, a leishmaniose teve 63 casos registrados em Alagoas até o último dia 15 de agosto. Em 2017, foram registrados 30 casos no mesmo período, segundo a Secretaria de Estado de Saúde (Sesau).

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Até o momento, foram registrados 15 casos a mais que todo o ano passado. As cidades que mais registraram a doença foram Estrela de Alagoas, com 11 casos, e Palmeira dos Índios, com 8 casos. Ambas ficam localizadas no Agreste do Estado.

Veja a tabela:

Casos registrados em Alagoas até 15 de agosto pela Sesau

A leishmaniose é uma doença infecciosa, mas não é contagiosa. Ela é causada por parasitas leishmania. Os parasitas vivem e se multiplicam no interior das células que fazem parte do sistema de defesa do indivíduo, chamadas macrófagos. Ela é mais comum em animais, mas também acomete os homens.

A transmissão é feita por um mosquito de cor amarelada ou acinzentada e suas asas permanecem abertas quando estão em repouso. Eles medem de 2 a 3 milímetros e, por isso, podem atravessar o mosquiteiro.

A infectologista Luciana Pacheco acredita que o aumento dos casos em Alagoas se deu tanto pelo crescimento da população canina em regiões mais vulneráveis à doença quanto pela presença humana em locais de mata, onde há mosquitos transmissores.

"Um dos motivos pode ter sido o aumento da população de cachorros em locais sem cuidado adequado. Ficam nas ruas, não passam por tratamento, e acabam pegando a doença. Em Maceió, por exemplo, tivemos um caso registrado no bairro de Rio Novo, local que abriga muitas matas. Os mosquitos picam os cães, que depois transmitem para o homem", disse.

Segundo ela, não há nenhum tipo de vacina destinada ao homem que combata a doença. "Para o homem não há vacinação, diferente do animal. Para ajudar a precaver, é importante que cuide bem do seu cão, diminuir o número de cachorros soltos nas ruas e ter todo tipo de preocupação com o animal", acrescentou.


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