Líder de quadrilha que aplicou 'golpe do bilhete premiado' em idosos de Alagoas é preso em Goiás
Publicado em 06/08/2025, às 10h43 - Foto: Divulgação PC AL
Ascom PC AL
A Polícia Civil de Alagoas, deflagrou, nesta quarta-feira (6), uma operação interestadual para desarticular uma organização criminosa especializada no chamado “golpe do bilhete premiado”. A ação, realizada pela Delegacia de Estelionatos da PCAL, ocorreu nas cidades de Anápolis, Goiânia e Goianésia, no estado de Goiás, com o apoio da Polícia Civil goiana.
A investigação revelou a atuação de um grupo responsável por aplicar golpes contra vítimas, em sua maioria idosas, utilizando bilhetes de loteria supostamente premiados como isca para obter vantagens financeiras.
O esquema fez diversas vítimas na capital alagoana e em todo o estado de Alagoas. (veja mais abaixo como funcionava o golpe).
Durante a operação um dos líderes da organização foi preso e quatro veículos adquiridos com recursos provenientes dos crimes foram apreendidos. Os bens apreendidos visam à restituição patrimonial das vítimas lesadas.
Carroa apreendidos na operação serão usados para restituir vítimas. Foto: Divulgação/PC AL
A ação foi conduzida pelos delegados Dalberth Pinheiro e Michelly Santos, da Delegacia de Estelionatos, e contou com o apoio da Diretoria de Inteligência Policial (Dinpol) da PCAL e da Superintendência de Inteligência da Polícia Civil de Goiás (SIPCGO), além de diversas unidades operacionais especializadas da região, como o 3ºNINT de Anápolis, 15ºNINT de Goianésia e a 15ªDRP de Petrolina de Goiás.
Entenda o golpe
O esquema, popularmente conhecido como "bilhete premiado", fez diversas vítimas na capital alagoana. Uma integrante do grupo criminoso, geralmente mulher, abordava idosos nas proximidades de agências bancárias em áreas nobres de Maceió. Ela alegava possuir um bilhete de loteria premiado com valor elevado.
Inicialmente, a golpista pedia auxílio para resgatar o prêmio. Ela afirmava ser Testemunha de Jeová e, por isso, estar impossibilitada de receber o valor integral. Durante a conversa, um segundo integrante do grupo, homem bem-vestido, aparecia e se oferecia para ajudar, alegando ter ouvido o diálogo.
A dupla utilizava diversos artifícios e técnicas de persuasão para vencer a resistência da vítima, convencendo-a a adquirir parte do prêmio. Os criminosos chegavam a realizar ligações para falsas centrais telefônicas, que confirmavam a suposta premiação. O discurso pode ser ajustado conforme a reação da vítima, oferecendo o bilhete por valor reduzido ou sugerindo contribuição para falsa doação beneficente.
Na sequência, os criminosos conduziam a vítima ao banco. Lá, ela era induzida a realizar transferências via PIX, TED, ou contrair empréstimos bancários, depositando os valores em contas de terceiros ("laranjas").
O patrimônio subtraído era rapidamente distribuído entre contas de comparsas para dificultar o rastreamento e bloqueio pelas autoridades.
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