Redação
O adiamento da votação do PL das Fake News, o chamado “PL da Censura”, nesta terça-feira à noite, significa uma derrota dupla: para o Palácio do Planalto, que tinha grande interesse na aprovação, e para o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).
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O sentimento de derrota é ainda maior para o deputado alagoano, que assumiu no Legislativo a responsabilidade de aprovar a matéria, desdenhou junto ao presidente Lula (PT) do poder de articulação do ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e ao final terminou não entregando ao governo o que prometera.
Com isso, Arthur Lira incorpora um desgaste político mais do que o próprio Lula, que lhe havia encomendado a questão.
Quem deve estar rindo a toa é o senador Renan Calheiros (MDB/AL), reconhecido como hábil articulador no Congresso Nacional, também aliado do governo Lula, adversário preferencial de Lira em Alagoas e que está se regozijando com o resultado adverso do seu concorrente político.
Quanto maior o tamanho, maior o tombo.
Foi o que se deu com Arthur Lira: reeleito o presidente da Câmara com folga, instituiu o maior bloco parlamentar da casa, criou expectativa muito positiva junto ao governo e, na primeira parada dura, não se deu bem.
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