Redação
Uma mulher foi acusada de induzir o próprio filho, de 15 anos, a ter relações sexuais com ela, em Fortaleza, no estado do Ceará. A suspeita e o namorado, que também teria participado do crime, foram presos nesse sábado (18). A Polícia Civil está investigando o caso.
LEIA TAMBÉM
Segundo informações do portal de notícias do Ceará ‘O POVO’, o adolescente teria chegado em casa e encontrado a mãe apenas com roupa íntima e com o namorado. Ela e o companheiro teriam chamado o jovem para beber e pedido para ele ficar “à vontade”. Tanto o filho como o namorado teriam mantido relações sexuais com ela.
De acordo com o relato da fonte entrevistada pelo O POVO, baseado no depoimento da vítima, o garoto teria saído de casa desnorteado e pedindo um Uber. No carro, a motorista teria notado o nervosismo do rapaz, e perguntado o que havia acontecido, foi então que ele acabou contando o caso.
A motorista ligou para a Coordenadoria Integrada de Operações de Segurança (Ciops), que enviou equipes de polícia para a residência. O casal foi levado à delegacia.
A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) do Ceará informou ao portal O POVO que o caso foi registrado na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), e os dois adultos foram presos em flagrante. Eles foram autuados pelo crime sexual e por oferecer bebida alcóolica para um menor de idade.
Segundo uma nota da Polícia Civil, a motorista prestou atendimento ao jovem, fez a denúncia e o levou para a casa de familiares. Lá, a polícia foi acionada e os militares levaram o menino à DDM; onde também funciona o plantão da Delegacia de Defesa da Criança e do Adolescente (Dececa). Após prestar depoimento, ele foi levado à Perícia Forense para fazer exames de embriaguez, crime sexual e toxicológico.
O jovem foi entregue ao avô paterno depois da ocorrência. O caso será investigado pela Dececa.
Cedeca
Acassio Sousa, assessor jurídico do Centro de Defesa da Criança e do Adolescente (Cedeca), explicou que o fato do jovem estar embriagado já configura a vulnerabilidade. Ele disse que o estupro de vulnerável acontece quando a vítima tem menos de 14 anos, independentemente da capacidade de discernir ou de consentimento, e a ação é praticada por alguém maior de 18 anos.
Ele ainda contou que os casos atendidos por eles regularmente envolvem familiares, mas relata que nunca se deparou com situação que envolvesse a própria mãe e o namorado dela. “O que nós atendemos regularmente envolve pais, tios, padrastos e pessoas próximas”.
Acassio afirmou que o Cedeca ainda não foi notificado sobre o caso, mas, de modo geral, ele ressaltou que o laudo da Perícia Forense será conclusivo. “A mãe é submetida a um exame para identificação do material genético, que vai dizer se houve a conjunção carnal ou não”, diz. O assessor lembra que, em 2009, o conceito do crime de estupro foi estendido para atos libidinosos.
LEIA MAIS