Pedro Acioli*
Manifestantes da comunidade Wassu Cocal estão realizando um protesto cobrando mudanças e soluções para as casas de taipa na região. Estão fechados para a manifestação dois sentidos da rodovia BR-101, em Joaquim Gomes, em Alagoas.
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O Ministério Público Federal já visitou o local, onde realizou inspeção em moradias da comunidade constatando a existência de diversas casas de taipa, muitas em condições precárias e vulneráveis.
Em entrevista ao TNH1, Leonardo, um integrante da manifestação contou que com as fortes chuvas que afetam o estado desde o último sábado (17), as condições das casas estão ainda mais precárias e com risco de desabamento.
‘Visitei ontem casas com crianças dentro em tempo de morrer. Com o risco da casa desabar sobre elas”, contou.
Ainda segundo Leonardo, desde a visita do MPF, apenas a assistência social do município foi até o local para realizar um levantamento e depois disso não foi informado mais sobre nenhuma atualização do projeto. Ele diz que parece ser “um projeto que não saiu do papel” e que por se tratarem de pessoas vulneráveis não têm condições de buscarem sozinhas melhores condições.
Foram colocadas galhos de árvore e outros pedaços de madeira para a interdação. No momento, a Polícia Militar está no local negociando com os manifestantes para a liberação da rodovia.
Reunião do MPF
Na época, foi confirmado que o Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) possuía um levantamento preliminar de mais de 100 casas de taipa, espalhadas por todo o território. Também foram constatadas duas escolas, onde a estrutura está ameaçada pelo risco de desmoronamento de uma barreira próxima e foi interditada pela Defesa Civil Municipal.
A prefeitura assumiu o compromisso de consolidar esses dados em até 10 dias, para que sejam utilizados na elaboração de projetos voltados à melhoria habitacional da comunidade.
*Estagiário sob supervisão
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