Marcelo Castro diz que Legislativo não pode ser submisso a outros poderes

Publicado em 13/07/2016, às 20h53

Redação

Em seu discurso, o deputado Marcelo Castro (PMDB-PI) defendeu a democracia com equilíbrio entre os poderes. “Se não tivermos o devido cuidado, o Executivo e o Judiciário avançam sobre o Legislativo. Por isso, ele precisa cada vez mais de nossa participação para ser um poder soberano e jamais submisso a qualquer outro”, afirmou.

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Para o deputado, nada é mais legítimo que o poder do povo.

Marcelo Castro ressaltou que “nunca esteve indeciso ou em cima do muro” e prometeu que, se eleito, a Câmara não deixará de exercer nenhuma de suas prerrogativas e funcionará com diálogo, estabilidade e participação de todos.

“Nenhum partido ou pessoa será desconhecida, trabalharei pela harmonia interna e externa e para isso é preciso que haja um respeito recíproco entre os partidos”, avaliou.

Ele lembrou que a sociedade brasileira não está satisfeita com o Parlamento, citando pesquisas que indicam que menos de 10% do povo aprova as atitudes do Congresso. “Está na hora de fazermos uma profunda autocrítica. Que erros estamos cometendo? Como corrigir isso? Não podemos aprofundar esse fosso que existe entre o Parlamento e a sociedade”, disse Castro, defendendo uma aproximação com a população.

Marcelo Castro prometeu ainda um mecanismo mais célere para a execução de emendas parlamentares, nos moldes de um fundo.

Carreira política
Deputado há quatro mandatos, Marcelo Castro é médico e professor da Universidade Federal do Piauí. Já foi deputado estadual e ministro da Saúde no governo Dilma e, apesar do rompimento de seu partido com o governo, defendeu o voto contrário ao impeachment.

Na Câmara dos Deputados, se destacou como presidente da comissão parlamentar de inquérito (CPI) que investigou os acidentes aéreos em 2007 e como relator da última versão da reforma política na comissão especial que analisou a matéria.

Castro foi o 4º a registrar candidatura à presidência da Câmara após a renúncia do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) do cargo de presidente.

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