Marx Beltrão cobra explicações de ministro da Saúde sobre problemas no programa do glaucoma em AL

O deputado federal Marx Beltrão (PSD), coordenador da bancada federal alagoana no Congresso, protocolou nesta quarta-feira (20) requerimento destinado ao ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, cobrando explicações sobre problemas na execução do programa do glaucoma em Alagoas. O documento foi apresentado por Beltrão na reunião da Comissão de Seguridade Social e Família (CSSF). Marx é vice-presidente da Comissão, que trata do tema da saúde na Câmara dos Deputados.

O ministro Luiz Henrique Mandetta estava presente na reunião da Comissão e ouviu a reivindicação de Marx Beltrão em defesa dos pacientes com glaucoma de Alagoas. “São milhares de alagoanos e alagoanas que estão sendo prejudicados e o ministério da Saúde precisa nos dar respostas. Se houve mudança ou alteração no repasse federal para o programa do glaucoma, não é admissível que este fato penalize quem precisa do atendimento nas clínicas e, principalmente, quem depende do fornecimento do colírio pelo SUS”, afirmou Marx Beltrão.

Na última segunda-feira (18) uma audiência pública na Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE) debateu o problema sofrido por pacientes do programa de tratamento de glaucoma, que está funcionando com redução dos recursos há mais de um ano. Em 2017, o valor do repasse destinado ao tratamento de glaucoma no estado teria sido reduzido de R$ 24,5 milhões para quase 4,4 milhões anual. A redução seria a responsável pela suspensão no fornecimento do colírio aos pacientes. A audiência pública na ALE foi proposta pelo deputado estadual Davi Davino (PP).

O glaucoma é uma doença nos olhos que pode levar à cegueira. Causada pela lesão do nervo óptico e relacionada à alta pressão do olho, o glaucoma pode causar sérias alterações no campo visual. O tratamento é oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e a estimativa é de que entre 2% e 3% da população brasileira acima de 40 anos possam ter o glaucoma. Colírios que controlam a pressão intraocular são indicados para amenizar e controlar a doença, e são estes colírios que não estariam sendo fornecidos mais aos pacientes alagoanos.