Redação
Três crianças nascidas na mesma madrugada, dia 22 de dezembro, em Aracaju, Sergipe, faleceram por volta das 6h15 do dia 23 e deram entrada no necrotério da Maternidade Nossa Senhora de Lourdes. O luto das famílias, porém, não pôde ser vivido porque no dia 27, quando a mãe de dois deles foi buscar os bebês, ela recebeu de um funcionário apenas um dos gêmeos e outro feto que não era seu filho.
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Em seguida, no dia 30, a paciente de parto único esteve na maternidade, mas o corpo do seu bebê não mais estava no necrotério da unidade. O corpo que estava no hospital foi identificado como um dos gêmeos.
O fato virou caso de polícia depois que uma das famílias alegou que a identificação do feto recebido não correspondia ao nome da respectiva mãe. A troca dos bebês agora é investigada pela 8ª Delegacia Metropolitana, em Aracaju, e a própria unidade de saúde confirmou o erro.
Os corpos dos dois bebês entregues à mãe dos gêmeos já foram sepultados e, agora, é necessária uma decisão judicial que autorize a exumação. O pedido à Justiça deve ser feito pela polícia.
“Conclui-se que o feto de parto único foi confundido com um feto de parto gêmeo. Situação que foi apresentada à delegacia por meio de uma iniciativa da própria maternidade para a tomada de devidas providências. Enquanto isso, a Secretaria de Estado da Saúde [SES], que gerencia a maternidade, tomará as providências do plano administrativo. Percebida a troca de corpos falecidos no momento da entrega no necrotério, nos compete abrir uma sindicância por iniciativa própria, visto que foi constatado o engano por parte de um servidor da maternidade”, explicou o secretário de Estado da Saúde, Almeida Lima.
“Trata-se de uma irregularidade, cujas responsabilidades deverão ser apuradas internamente para não prevaricar. Esse é o nosso dever, enquanto gestão estadual da saúde. Em princípio, não podemos estabelecer o desejo de punição até que as apurações sejam concluídas”, concluiu.
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