Redação
A reeleição do deputado estadual Marcelo Victor como presidente da Assembleia Legislativa foi uma daquelas situações inquestionáveis.
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Não apenas por ter sido pela terceira vez consecutiva, mas, principalmente, pelo fato de o parlamentar ter obtido os votos de todos os 27 colegas de legislativo, unanimidade que ultrapassa os limites da sua legenda.
Também se torna significativa para Marcelo Victor a presença, em sua posse, de sete dos 17 desembargadores do Tribunal de Justiça de Alagoas, além de personagens ilustres do Poder Executivo do Estado.
O deputado é filiado ao MDB, partido que elegeu uma expressiva bancada na ALE e, ainda por cima, abriga a maioria dos 102 prefeitos do Estado, além do governador Paulo Dantas e dois dos três senadores – Renan Calheiros pai e Renan Filho.
Registre-se que Paulo Dantas, de discreta atuação como deputado estadual, se elegeu governador como cria política de Marcelo Victor.
À exceção de Renan Calheiros, que tem 67 anos de idade e 45 de atividade política, as atuais lideranças do MDB são jovens e, por conta disso, o partido tem tudo para continuar controlando o Estado por muitos anos ainda.
A legenda ocupa atualmente um espaço que já foi do antigo PFL, dos ex-governadores e ex-senadores Divaldo Suruagy e Guilherme Palmeira, e do PSDB, do também ex-governador e ex-senador Teotonio Vilela Filho.
Dos chamados grandes partidos o MDB é o mais antigo em atividade no Brasil e sobrevive graças a um processo de constante renovação, reforçada em Alagoas pela ascensão ao governo estadual, em 2014, com a vitória de Renan Filho, hoje senador.
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