Mineiro relata experiência “sensacional” ao pescar atum de 160 kg

Publicado em 27/06/2023, às 16h10
Arquivo Pessoal -

Tribuna de Minas

“Eu tinha noção que era um peixe muito grande, mas não ia dizer que eram 160 quilos, como é que eu ia saber?”, conta o morador de Juiz de Fora, Rodrigo Sales, 43, que, na última sexta-feira (23), pescou um atum de 160 quilos na Bacia de Santos.

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Acostumado a pescar desde os 9 anos de idade, quando começou a praticar a atividade com o pai, ele já viajou para diferentes locais do país para realizar pescarias. O empresário conta que já esteve em Três Marias, em Minas, e até em outros estados como Mato Grosso, Pará e Amazonas. Mas, segundo ele, a vontade de pescar em alto mar, na região onde os atuns são populares, é antiga, mas que só foi permitida agora quando a empresa pela qual fez o passeio flexibilizou as idas.

Segundo ele, antes, era obrigatório que os interessados fechassem um grupo de dez pessoas para ir. “É uma pescaria que o desde o equipamento até a própria passagem da pesca mesmo é muito caro, eu gastei R$ 11 mil com equipamento para poder fazer essa pescaria.” Através de um amigo, recentemente, Rodrigo ficou sabendo que a Golden Rei, responsável pelo translado, oferecia “vagas avulsas”, ou seja, para completar o quantitativo, bastava comprar o pacote e a empresa organizaria o grupo de pescadores. Rodrigo acertou os detalhes com a proprietária da empresa e foi, junto com o amigo que comentou sobre a possibilidade, viver a experiência pela primeira vez.

“Embarcamos na quinta-feira dia (22), às 19h30. Chegamos ao primeiro ponto de pesca às 9h da sexta-feira. Geralmente são 15 horas de barco até o primeiro ponto de pesca. Aí pescamos o dia inteiro. Quando chegou a noite, os atuns começaram a ficar mais ativos”, lembra sobre os primeiros momentos antes do feito incrível.

Rodrigo contou que, ao perceber a movimentação dos atuns, tentou jogar sua isca em uma profundidade maior, a cerca de 220 metros. Para isso, utilizou materiais específicos como uma carretilha elétrica, além de vara de pesca e isca próprias. “Eu joguei uma isca de 350 gramas, quando eu puxava vinham atuns de 3 quilos, 5 quilos, eu não consegui ultrapassar, eu vi que tinha um cardume de atuns menores atacando a isca e eu não conseguia ultrapassar os 150 metros. Então, coloquei uma isca de 450 gramas. Aí eu consegui ultrapassar essa barreira dos 150 metros e desci a isca até 220 metros. Quando eu cheguei, parei de descer, liguei ela para subir e comecei a jogar com a isca. Quando chegou em 180 metros, o atum atacou a isca, e no que ele atacou a isca, eu já percebi que era um peixe grande só pela pegada, só que ele atacou a isca e veio subindo a favor da superfície”, contou.

Entre o momento em que o atum de 160 quilos mordeu a isca, até conseguir puxá-lo para a superfície, o animal e o pescador travaram um duelo duradouro, que deixou Rodrigo esgotado. “Ele chegou a 20 metros, mas em coisa de 5 ou 6 segundos, ele voltou a 230 metros de profundidade novamente”. A mesma situação aconteceu por pelo menos três vezes, segundo o empresário. Foi quando, de acordo com ele, “o peixe brotou na posição horizontal, geralmente a gente sobe ele na posição vertical, só que da última vez que ele desceu, subiu na posição horizontal, então ele boiou a uma distância de uns 100, 150 metros do barco”.

A partir daí, Rodrigo, com a ajuda dos outros pescadores do barco, passaram o bicheiro – ferramenta que auxilia a retirar peixes de grande porte – e o arrastaram para dentro do barco. “Quando o atum chegou, foi uma farra muito grande, foi um sentimento único, uma coisa sensacional para quem está no mundo da pesca”, relatou, emocionado.

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