Ministério Público do Trabalho vai investigar circunstâncias do desabamento de galpão no Jaraguá

Publicado em 26/05/2025, às 11h45
- Foto: SSP AL

Ana Carla Vieira

O Ministério Público do Trabalho em Alagoas (MPT) divulgou uma nota na manhã desta segunda-feira (26) afirmando que vai investigar as circunstâncias do desabamento de um galpão, no último sábado (24), no bairro do Jaraguá, em Maceió. O desmoronamento da estrutura causou a morte de Wilton Alburquerque Costa, de 60 anos, que chegou a ficar soterrado. Outros dois trabalhadores ficaram feridos e estão internados no Hospital Geral do Estado (HGE).

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De acordo com o MPT, a denúncia foi protocolada na manhã desta segunda-feira (26), a partir de notícias veiculadas pela imprensa. "O objetivo do MPT tambem é apurar as responsabilidades pelo acidente e pela morte do trabalhador", disse a nota.

Imagens da Secretaria de Segurança Pública (SSP) flagraram o momento em que o galpão desabou.

Wilton Alburquerque Costa, de 60 anos, estava de folga quando foi chamado por um amigo para fazer um "bico" em uma demolição que ocorria no local. Ele e mais cinco amigos estavam prestando serviços para uma empresa e, no momento em que realizavam o destelhamento do galpão, a estrutura teria cedido.

Wilton foi encontrado sem vida em meio aos escombros do galpão. O corpo dele estava num local de difícil acesso e foi resgatado com o apoio de voluntários e de uma equipe do programa Ronda no Bairro. "Ele estava de folga quando foi chamado por um amigo para trabalhar na demolição desse galpão. Foi fazer o serviço bruto, junto com cinco amigos. Era um cara trabalhador, não era casado", disse um primo Wilton, que não quis se identificar, em entrevista ao TNH1.

Ainda segundo o familiar da vítima, os trabalhadores não utilizavam Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) no momento do acidente. A família ainda denuncia que não havia técnicos de segurança no local da obra.

 

É um local em obras. Ele foi chamado para fazer uma grande demolição, porém não foram disponibilizados equipamentos de segurança para os trabalhadores. Não havia técnico de segurança para avaliar os riscos e garantir a integridade dos trabalhadores. Eles foram contratados na informalidade, sem nenhuma garantia e condições de trabalho. As causas desse desabamento têm que ser apuradas. Até o momento, ninguém nos procurou para falar do aconteceu", finalizou.

 

Nesta segunda-feira o Hospital Geral do Estado informou que os outros dois feridos seguem internados, com estado de saúde considerado estável.

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