Ministra da Agricultura pretende apresentar ações para o Nordeste em junho

Publicado em 30/03/2019, às 16h28
Ministra recebe pauta de solicitações do setor produtivo | Divulgação/Assessoria -

Assessoria

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, recebeu uma pauta de solicitações do setor produtivo de Alagoas nesta sexta-feira, 29, durante visita à Cooperativa Pindorama, no município de Coruripe. O documento foi entregue pelo presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas (Faeal), Álvaro Almeida, e inclui sugestões de medidas para reduzir o endividamento rural no Nordeste, promover a retomada do crescimento na produção da cana-de-açúcar, o desenvolvimento da pecuária e da agricultura familiar.

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Por recomendação do presidente Jair Bolsonaro, a ministra tem percorrido o Nordeste para dialogar com o setor produtivo, conhecer boas práticas e discutir as necessidades da região. A intenção é apresentar propostas de ações a partir das demandas levantadas durante as visitas. “Espero retornar, no mês de junho, para anunciar ações concretas. O Ministério da Agricultura já dispõe de alguns programas, a exemplo da área fundiária, onde nós queremos dar títulos definitivos, pois temos crédito disponível e as pessoas não podem acessar, porque ainda não têm os seus papéis, suas escrituras, os seus registros. Então começaremos pela base e depois veremos quais dos nossos programas atenderão melhor aos produtores de cada estado. Mas é importante ressaltar que não temos fórmulas prontas. Estamos aqui para construir juntos”, afirmou Tereza Cristina.

Em Alagoas, uma das demandas consideradas prioritárias pelo setor produtivo é o apoio do Governo Federal para a conclusão das obras do Canal do Sertão, que estão cerca de 50% concluídas. “Sem dúvida, esta é a obra mais importante do semiárido alagoano, pois percorre uma região de geografia de catástrofe, tendo em vista que grande parte da sua população – predominantemente de agricultores familiares – está condicionada a um regime irregular de chuvas. Sua conclusão possibilitará o surgimento de um polo de fruticultura, nos moldes de Petrolina, em Pernambuco, o maior faturamento por hectare do País, com alto nível de geração de impostos, emprego e renda”, avalia o presidente da Faeal, Álvaro Almeida.

Medidas também foram sugeridas para a retomada do crescimento na produção canavieira em Alagoas, o que inclui a inserção da cana-de-açúcar na Política de Garantia de Preços Mínimos, com preço fixado pelo Governo Federal, a partir de uma base regional e custos levantados, e a criação de um programa de recuperação da lavoura canavieira do estado, que, diante da crise no setor, teve nove unidades produtivas fechadas e caiu de segundo para sétimo maior produtor do país. Segundo o presidente da Federação dos Plantadores de Cana do Brasil (Feplana), Alexandre Andrade Lima, um passo importante para aumentar a produção da cana é a construção e manutenção de pequenas barragens na região.

“O grande pleito do Nordeste é a irrigação, inclusive na zona da mata, que também sofre em períodos de seca. Precisamos de pequenas barragens para que a água das chuvas seja contida e utilizada. A ministra já esteve na Paraíba e viu um bom exemplo, uma usina que utiliza um sistema de irrigação de gotejamento israelense e está produzindo 150 toneladas de cana por hectare, quase o dobro da produção do centro-sul”, exemplifica Alexandre Lima.

Mais demandas
Outra solicitação do setor produtivo de Alagoas é o apoio do Governo Federal ao Programa do Leite, em parceria com o Governo do Estado. “Trata-se de um programa de grande alcance social, uma vez que atende a cerca de 80 mil famílias, com leite produzido por aproximadamente 4 mil pequenos produtores, e contempla os 102 municípios alagoanos. Mas a sua perenidade depende da regularidade do repasse de recursos federais”, alerta o presidente da Faeal, Álvaro Almeida.

No documento entregue à ministra Tereza Cristina há outras sugestões para o fortalecimento da cadeia produtiva do leite, além da solicitação do apoio do Governo Federal para garantir a implantação do Centro Nacional de Pesquisas de Alimentos e Territórios da Embrapa – que corre o risco de não sair do papel por falta de recursos –, o fortalecimento da infraestrutura da Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária (Adeal) e da Superintendência do Ministério da Agricultura no Estado. “Estamos felizes pela vinda da ministra a Alagoas. Isso redobra a nossa confiança neste governo que assumiu o compromisso de trabalhar pelo desenvolvimento do agronegócio, maior gerador de emprego e renda do país”, ressalta Álvaro.

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