Morte de crianças em ritual satânico intriga polícia desde setembro do ano passado no RS

Publicado em 06/01/2018, às 11h36

Redação

Um enredo de mistérios vem sendo desvendado, pouco a pouco, pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul, desde que duas crianças, um menino de 8 anos e sua irmã, de 12 anos, foram encontradas mortas e esquartejadas em um matagal na cidade de Novo Hamburgo, região metropolitana de Porto Alegre, em setembro do ano passado.

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Hoje, a polícia já afirma que as mortes foram praticadas em um ritual satânico, que exigiria o sacrifício de duas crianças, para a obtenção de prosperidade pela pessoa que encomendou o crime. A "encomenda" pode ter custado R$ 25 mil, segundo a investigação. Três pessoas estão presas, incluindo o líder da seita, mas o esclarecimento do caso só deve ser feito na segunda-feira (8), em uma entrevista coletiva.

O fato chocou a população do Rio Grande do Sul e também de fora do estado, pelos requintes de crueldade usados no duplo homicídio e porque o crime esteve o tempo todo envolto em mistérios, como a identificação ainda não revelada das crianças, o nome dos pais e, até mesmo, a origem delas, que pode não ser brasileira.

O crime

Os corpos foram descobertos por uma pessoa que passava no local e viu uma grande quantidade de caixas de papelão e sacos plásticos. Eles estavam esquartejados, e faltavam partes que só foram encontradas dias depois.

Para a identificação dos dois, foram realizados exames de DNA, mas que não chegaram a nomes junto a bancos de dados consultados pela perícia. Entre as possibilidades cogitadas na investigação, ganhou força a de que as crianças teriam sido vítimas de uma disputa relacionada ao tráfico de drogas. No entanto, a ausência de boletins de ocorrência de familiares a procura dos dois intrigou a polícia.

Com base em novos indícios, surgiu a hipótese de que o menino e a menina possam ter sido comprados na Argentina.

Os três suspeitos foram presos logo após o Natal, mas a informação só foi divulgada no começo desta semana. O líder do templo nega as acusações, mas confirma as práticas satanistas. "Ele diz que viaja pelo mundo, por vários países fazendo esse trabalho, mas diz que nem sequer mata animais, só pratica bruxaria", afirma o delegado Moacir Fermino.

Provas

No templo satanista, foi apreendido material que comprova, segundo o delegado, o envolvimento dos suspeitos na morte e esquartejamento das crianças. Autoridades da Argentina já entraram em contato com a polícia na tentativa de identificar as crianças.

A Polícia Civil convocou uma entrevista coletiva para a próxima semana para dar mais detalhes sobre o caso.

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