A 16ª Mostra Sururu de Cinema Alagoano, que nesta edição apresenta o tema “Trama Alagoana”, registrou grande presença de público nos primeiros dias de programação. Consolidada como um dos principais eventos do calendário cultural de Alagoas, a Mostra segue até domingo (14) com uma agenda inteiramente gratuita, voltada ao fortalecimento, à difusão e à valorização da produção audiovisual do estado.
O evento conta com uma programação que reforça o caráter formativo do evento e sua proposta de ser um espaço de diálogo entre realizadores, pesquisadores, estudantes e o público em geral.
Desde a sua criação, em 2009, a Mostra Sururu tem se destacado por promover o encontro entre diferentes gerações do audiovisual alagoano, impulsionando a circulação de obras e estimulando reflexões sobre o fazer cinematográfico.
A diretora-geral da Mostra Sururu, Renata Baracho, enfatizou que o evento é, ao mesmo tempo, uma celebração do cinema alagoano e um convite aberto para quem deseja conhecer mais sobre essa produção. “A Sururu é um grande encontro do nosso cinema”, reforçou Renata, ao lembrar que o evento reúne diferentes gerações, obras e olhares e que além disso, o público pode votar em seu filme favorito, reforçando o caráter participativo do evento.
Acessibilidade e participação do público
A edição atual reafirma o compromisso institucional com ações de acessibilidade, oferecendo legendas descritivas, audiodescrição e intérprete de Libras em toda a programação. Além disso, serão realizados debates, mesa temática e sessões competitivas, ampliando a participação de realizadores e espectadores.
A programação também conta com a exposição ABC do Filé e Avesso da Trama, instalada no corredor da galeria do Arte Pajuçara com mais de 90 fotos de bastidores de produções alagoanas realizadas entre 2012 e 2025.
O público também pode votar nos destaques da mostra, contribuindo para a escolha das obras que levarão os prêmios de Melhor Filme pelo Júri Popular e Melhor Videoclipe pelo Júri Popular.
A fotógrafa Vanessa Motta, que também integra a cena audiovisual alagoana, destacou a relevância da Mostra Sururu para o setor. Ela afirmou que o evento “é a principal janela que a gente tem aqui para filmes alagoanos”, ressaltando que, embora as produções do estado estejam cada vez mais alcançando o mundo, a Mostra ainda é o espaço onde se pode ver o maior volume de obras locais reunidas em pouco tempo.
As amigas Mariá Medeiros e Dani Santos participaram pela primeira vez da Mostra Sururu e celebraram o início de suas trajetórias no audiovisual alagoano. Empolgadas com a movimentação da cena local, elas já vislumbram participar da próxima edição com um curta independente do qual fazem parte.
Mariá contou que, embora já soubesse da Mostra, só agora, ao ingressar mais ativamente no audiovisual, compreendeu sua força. “A Sururu é a mais forte. Então é super importante para a gente ver essa movimentação que está acontecendo no cinema alagoano”. Dani compartilhou do mesmo sentimento e destacou a visibilidade que o evento proporciona. Para ela, a Mostra “dá uma ênfase maior para o que é construído aqui”, mostrando os talentos existentes no estado.
Homenagem
Nesta edição, a Mostra homenageia a atriz alagoana Aline Marta Maia, que tem atuado em diversas produções alagoanas e nacionais. Este ano, foi premiada como Melhor Atriz Coadjuvante no 53º Festival de Cinema de Gramado (2025). Aline iniciou sua trajetória artística aos 14 anos, nos palcos do teatro, e estreou no cinema em 1987, no curta “Tana’s Take”, de Almir Guilhermino, exibido no 20º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. No domingo, no encerramento da Mostra Sururu haverá uma conversa com a homenageada.