Polícia

Motorista de app morto a tiros em Rio Novo foi vítima de latrocínio, diz polícia

| 10/06/22 - 11h06

O motorista por aplicativo Daniel Rubens Pereira Brandão, de 30 anos, foi vítima de latrocínio. Esta é a conclusão dos delegados Fábio Costa e Thiago Prado, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), após a prisão de dois suspeitos do crime. O crime aconteceu na noite da última terça (7), na Rua da Areia, no bairro do Rio Novo, em Maceió.

Foram presos G.P.S.J. e L.C.P.S., ambos de 19 anos, na operação que contou com o apoio do Tático Integrado de Grupos de Resgates Especiais (Tigre) e o suporte do Grupamento Aéreo da Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP), além da DHPP. Eles foram localizados numa residência do conjunto Virgem do Pobres III, no Vergel do Lago, na noite dessa quinta. 

De acordo com o inquérito, os suspeitos estavam juntos no dia do crime e tramaram cometer assaltos contra um motorista por aplicativo. Para isso, L.C.P.S. falou com um adolescente de 16 anos, com quem mantinha contato nas redes sociais, para pedir uma corrida nestas plataformas de transporte. O menor atendeu a solicitação e pediu o transporte do Vergel para o Rio Novo.

Veja vídeo dos suspeitos:

Daniel aceitou a viagem e pegou os dois criminosos no local indicado. No destino, eles anunciaram o assalto e exigiram o dinheiro, além do aparelho celular da vítima. “Pelos depoimentos, ao darem voz de assalto, os assaltantes tomaram o celular da vítima e exigiram que ele entregasse dinheiro. Como a vítima não tinha eles ficaram furiosos e acabaram disparando seis vezes contra o motorista”, revela o delegado Fábio Costa.

O corpo do motorista por aplicativo só foi encontrado na manhã do dia seguinte dentro do veículo Siena, de cor preta e placa PCF-4G51, utilizado pela vítima.

Adolescente diz que não sabia de crime - O adolescente que ajudou os criminosos também foi ouvido pela polícia. Ele disse que não sabia da intenção de L.C.P.S. quando recebeu a mensagem dele, via redes sociais, solicitando a corrida pelo aplicativo. O menor alegou que não o conhecia pessoalmente, garantindo que o contato era, apenas, virtual. 

Segundo o delegado Thiago Prado, os suspeitos eram acostumados a publicar fotos com armas e drogas nas redes sociais. “Eles pertencem a uma facção criminosa. Identificamos pichações no próprio quarto de um dos envolvidos, com a figura de um palhaço Coringa associado a símbolos de uma facção. Nas redes sociais, eles aparecem armados e ostentando o uso de drogas e incentivando o tráfico. Todos já possuem passagem na polícia pelo crime de roubo, além de ficar claro que eles estavam focados em cometer assaltos contra motoristas por aplicativo”, detalhou.

O trabalho investigativo continua para apurar se há outros envolvidos na trama.