MPF denuncia brasileiros por promover Estado Islâmico e planejar ataque

Publicado em 17/05/2018, às 10h06

Redação

O Ministério Público Federal (MPF) denunciou 11 brasileiros por formação de organização criminosa e promoção do grupo terrorista Estado Islâmico (EI) no país. De acordo com a denúncia, os brasileiros tentaram recrutar jihadistas para lutar na Síria, além de falarem sobre atentados no Brasil. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (17) pelo jornal “O Estado de S.Paulo”.

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Cinco dos 11 denunciados também respondem pelo crime de corrupção de menores, já que o grupo teria recrutado jovens e crianças. A denúncia se baseia em conversas e trocas de mensagens em aplicativos e redes sociais, as quais foram interceptadas pela Polícia Federal, e é resultado da Operação Átila, mantida em sigilo até março.

Desde outubro do ano passado, sete pessoas foram detidas e prestaram depoimento sob condução coercitiva. Dois envolvidos permanecem presos preventivamente: Jhonatan Sentinelli Ramos, de 23 anos, e Welington Moreira de Carvalho, de 46 anos. As investigações, porém, começaram em novembro de 2016, quando as autoridades espanholas notificaram as brasileiras de que números de celulares do país apareciam em grupos de WhatsApp suspeitos de “promover, organizar ou integrar” o Estado Islâmico.   

Um dos grupos identificados continha 43 integrantes e levava o nome de “Estado do Califado no Brasil”. Lá, os membros discutiram a criação de uma célula terrorista no país.   

Em julho de 2016, a ANSA publicou que um grupo extremista no Brasil havia declarado lealdade ao EI, em um canal na rede social Telegram, similar ao WhatsApp, e interceptado pela agência privada de contraterrorismo SITE. De acordo com a especialista Rita Katz, aquela tinha sido a primeira vez que uma organização anunciava aliança com o Estado Islâmico na América do Sul. 

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