MST ocupa oito prefeituras alagoanas em protesto por melhores condições de vida

Publicado em 07/11/2017, às 16h41

Redação

Desde o início da manhã desta terça-feira (7), centenas de membros do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), ocupam prédios de prefeituras em todas as regiões de Alagoas. A ação denuncia o abandono dos poderes municipais com a pauta dos acampamentos e assentamentos da Reforma Agrária, além de cobrar dos municípios as demandas de infraestruturas sociais e produtivas para as áreas.

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Entre as principais reivindicações, os Sem Terra demandam ações efetivas dos municípios nas áreas de educação, saúde e infraestruturas para a produção de alimentos saudáveis nos acampamentos e assentamentos, como abastecimento de água para irrigação e consumo, ajustes nas estradas para escoamento da produção, entre outras demandas.

José Neto, da direção estadual do MST, destacou a necessidade da mobilização dos camponeses em todo o estado. “Hoje é mais um dia de colocarmos nossas bandeiras, ferramentas e reivindicações nas ruas. Nossas ocupações denunciam o abandono das diversas prefeituras às demandas dos trabalhadores e trabalhadoras rurais”, disse.

Ainda de acordo com José Neto, as reivindicações em várias das prefeituras ocupadas já são conhecidas pela gestão municipal, mas sem avanço significativo no dia-a-dia da vida dos trabalhadores e trabalhadoras rurais.

“Ocupamos as prefeituras para dizer coletivamente que a efetivação das políticas públicas do município para o povo que vive no campo é fundamental para toda a cidade,” destacou o dirigente. “No Sertão de Alagoas, por exemplo, nossa luta por água e pelas demais pautas para fortalecer e garantir a produção de alimentos em nossas áreas. Algo importante também para quem vive na cidade, pois isso determina o que vai chegar na mesa da população, gera renda e movimenta a economia do município”.

No Alto Sertão estão ocupadas as prefeituras de Olho D’Água do Casado, Delmiro Gouveia e Piranhas; na Zona da Mata as cidades de Joaquim Gomes, São Luiz do Quitunde, além das cidades de Taquarana e Junqueiro, no Agreste, e Barra de Santo Antônio, no Litoral Norte.

As ações nas prefeituras seguem exigindo retorno da gestão municipal às demandas, pautando audiência com os prefeitos e secretariados.

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