Mulher de PM morto em megaoperação no Rio mostra última conversa

Publicado em 29/10/2025, às 13h28
Heber, 3º Sargento da PMERJ - Reprodução / Redes sociais

Folhapress

O sargento do Bope Heber Carvalho da Fonseca, 39, morto nesta terça-feira (28) durante operação no Complexo da Penha, no Rio, trocou mensagens com a esposa pouco antes de ser baleado.

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"Continua orando", disse o policial após esposa perguntar se ele estava bem. O print da conversa dos dois foi publicado pela esposa de Heber, Jéssica Araújo, nas redes sociais. "E você não falou mais", lamentou a mulher na publicação.

Reprodução / Redes sociais

 

Depois disso, Heber não responde mais às perguntas feitas pela esposa. "Ele dizia que tinha uma senha em suas mãos, toda vez que perdia um colega. Que o dia que acontecesse com ele, iria fazendo o que mais amava.", afirmou Jéssica.

Heber tinha especialização em tiros de precisão e era um dos quatro policiais mortos na operação desta terça-feira (28). Ele entrou na corporação em 2011 e trabalhava no cargo de 3º Sargento.

Ele deixa a esposa, dois filhos e um enteado. O local e horário do enterro de Heber não foram divulgados até o momento. Dois dos policiais mortos nesta terça-feira (28) serão enterrados nesta quarta-feira (29). Comissário Marcus Vinícius é velado no Cemitério da Cacuia, na Ilha do Governador, onde será enterrado às 13h30. Inspetor Rodrigo Velloso será velado à tarde no Cemitério Memorial do Rio, em Cordovil, a partir das 14h.

PM lamentou a morte de Fonseca. "Ele dedicou sua vida ao cumprimento do dever e deixa um legado de coragem, lealdade e compromisso com a missão policial militar. Sua ausência será sentida por todos que tiveram a honra de conhecê-lo".

Operação "foi um sucesso", diz governador do Rio. Nesta quarta-feira, Cláudio Castro (PL), afirmou que as mortes dos quatro policiais foram os únicos fatos a se lamentar na operação.

O número oficial dos mortos foi diminuído de 64 para 58 e a reportagem do UOL contou nesta quarta-feira (29) ao menos 65 corpos na Praça São Lucas, no Complexo da Penha. Esses ainda não foram formalmente contabilizados pela polícia.

Castro afirmou que as famílias dos policiais serão "amparadas e protegidas pelo estado".

"Para que a gente possa valorizar a nobre ação" dos agentes, afirmou, durante entrevista coletiva na manhã desta quarta-feira no Rio de Janeiro, um dia após a deflagração da Operação Contenção.

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