Mulher morre de desnutrição por carregar feto calcificado durante nove anos

Publicado em 17/03/2023, às 10h10
Foto: Reprodução/BMC Women's Health -

Uol

Uma refugiada congolesa de 50 anos que vivia nos Estados Unidos morreu após se recusar a passar por uma cirurgia para retirar uma rara formação em seu abdômen: um feto calcificado há cerca de nove anos. O caso foi descrito na edição mais recente da revista científica BMC Women's Health.

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A mulher foi atendida com sintomas de dor e desconforto abdominal. Após exames, os médicos concluíram que a refugiada tinha um litopédio - ocorrência rara em que o feto morre e se calcifica dentro do corpo da gestante.

A congolesa ficou nove anos com o feto retido. Ela sofria com obstrução abdominal e tinha dificuldades na digestão dos alimentos. Segundo a revista, a mulher foi mal tratada por profissionais de saúde na Tanzânia quando houve a morte fetal e, desde então, evitou procurar ajuda médica.

A mulher teve outros oito filhos, sendo que três morreram após o nascimento. A ocorrência aconteceu em sua nona gestação.

Os médicos que a atenderam nos Estados Unidos recomendaram uma cirurgia para retirada do litopédio, mas a mulher se recusou a fazer o procedimento por medo da cirurgia. Ela morreu devido a uma desnutrição grave causada pelo litopédio.

O litopédio é uma formação rara. Foram registrados menos de 300 casos desde 1582, quando um litopédio foi identificado na França. A palavra litopédio vem do grego e significa criança de pedra.

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