Mulher que aparece em lista de vacinados contra a Covid-19 diz não ter tomado imunizante

Publicado em 23/03/2021, às 18h33
Matheus Castro/G1 -

G1

A dona de casa Antônia Fernandes, de 58 anos, tomou um susto nessa segunda-feira (22) ao procurar seu nome no site de imunização contra a Covid-19, da Prefeitura de Manaus. Segundo o portal, a mulher já foi vacinada e está com a aplicação da segunda dose marcada para abril. No entanto, ela afirmou que nunca tomou o imunizante e não faz parte do grupo que está recebendo a vacina no momento.

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Ao G1, o marido dela, Antônio Fernandes, de 63 anos, contou que entrou no site para ver quando seria o dia em que ele iria receber a segunda dose. Em seguida, falou para mulher que queria ver se a data de vacinação dela já estava disponível e com isso iria cadastrá-la. Foi quando ele colocou o CPF dela e verificou que, no sistema, constava como se a esposa já estivesse sido vacinada.

"Eu falei: vou logo ver no site, vou logo cadastrar ela, mas quando eu cheguei lá para cadastrar, já estava era vacinada e estava marcada a data da segunda dose. Fiz um Boletim de Ocorrência e espero que não dê nenhum problema no dia em que ela realmente for se vacinar. Vim aqui na secretaria de saúde e me disseram que esse site vai ser atualizado. Mas eu não sei como conseguiram o CPF dela", explicou.

O casal registrou um boletim de ocorrência no 11º Distrito Integral de Polícia (DIP) de Manaus. Lá, a mulher prestou depoimento e apresentou uma foto do sistema no qual aparece o erro. Segundo o delegado Antônio Rondom, a partir do registro da ocorrência, a Polícia Civil vai oficiar a Secretaria Municipal de Saúde para entender o que aconteceu.

"Registramos a ocorrência de falsa identidade, vamos oficiar a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) para pegar os dados, a lista que comprova quem foi vacinado com o CPF da dona Antônia e, mais do que isso, entender o que aconteceu já que sequer tem a idade para receber a vacina. Ela tem 58 anos. A pessoa que se passou por ela conseguiu inclusive se encaixar num grupo prioritário".

De acordo com o delegado, quem se passou pela mulher pode responder pelo crime de falsidade ideológica.

À Rede Amazônica, a ouvidoria da Semsa afirmou que o órgão abrirá uma investigação junto à equipe técnica da secretaria para apurar o que causou o erro no sistema de vacinação. O G1 questionou a mesma sobre como será a investigação e aguarda resposta.

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