Mulheres são chicoteadas na Malásia por manterem relação homossexual

Publicado em 03/09/2018, às 16h05
As mulheres com as mãos no rosto são acompanhadas por uma policial após serem detidas por uma tentativa de sexo | NST/TV/Reprodução -

VEJA.com

Duas mulheres receberam nesta segunda-feira (3) seis chicotadas cada uma após serem condenadas por manter relações homossexuais, em violação às leis islâmicas estritas aplicadas à população muçulmana na Malásia.

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A sentença, proferida no mês passado, foi lida a portas fechadas na Alta Corte de Kuala Terenggan, na província de Terenggan, segundo o jornal The Star.

As mulheres foram presas pela Polícia Islâmica em abril, quando estavam em um carro estacionado em uma praça pública. Ambas também foram condenadas a pagar uma multa de 3.300 ringgits (3.297 reais).

Grupos a favor dos direitos humanos descreveram o castigo como “cruel e injusto” e advertiram sobre o retrocesso na Malásia dos direitos da comunidade LGBT e o aumento da intolerância.

A Malásia tem um sistema legal duplo segundo o qual certos assuntos, tais como aqueles relacionados ao islamismo, são regidos pelos diferentes governos estaduais de maioria muçulmana.

Em mais da metade dos 14 estados do país, as autoridades locais impõem castigos corporais em conformidade com a Sharia, a lei islâmica. Nestes locais também existe uma espécie de Polícia moral, conhecida como “Jawi”.

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