Flávio Gomes de Barros
O abandono a que estão relegados os prédios públicos de referência histórica em Alagoas, especialmente os pertencentes ao patrimônio da União Federal, é uma lamentável constatação.
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Dois deles, inclusive, praticamente não dispõem de nenhum acervo e correm sério risco de desabamento: o antigo Campus Tamandaré, no Pontal da Barra, e o antigo CCBI – Centro de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Alagoas, no bairro do Prado.
O Campus Tamandaré, que já foi Escola de Aprendizes Marinheiros, adquiriu essa denominação quando sediou a chamada Área III da Ufal, voltada às Ciências Humanas, e por último foi utilizado pela secretaria estadual de Segurança Pública e pelo Detran/AL.
O CCBI antes de integrar o patrimônio da Ufal foi uma unidade militar do Exército Brasileiro.
De uns anos para cá os dois prédios sofrem um processo de degradação contínua, sem que o poder público tome qualquer providência.
Situação semelhante passa o Museu Théo Brandão de Antropologia e Folclore, na Praia da Avenida da Paz e que, exatamente neste dia 20 de agosto, completa 50 anos sem que seja permitida sequer uma visitação, tais as condições precárias das suas instalações físicas.
O MTB preserva pelo menos, a duras penas, um acervo que é verdadeira relíquia das tradições culturais de Alagoas.
São três equipamentos que sofrem com o descaso dos gestores e da falta de iniciativa em resolver problemas que surgem como pequenos e, com a indiferença de quem deles deveria cuidar, vão lentamente se agravando ao ponto de se tornar inviável uma solução.
Como não se sabe nenhuma providência encaminhada para resolver a situação de precariedade desses patrimônios públicos, e nem se tem conhecimento de nenhum movimento nesse sentido, resta lamentar...
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