Na véspera de prazo, defesa de Lula tenta nova investida por candidatura

Publicado em 10/09/2018, às 21h34
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Redação

A defesa de Luiz Inácio Lula da Silva fez uma nova investida no STF (Supremo Tribunal Federal) para tentar ampliar o prazo da troca na chapa do PT ao Planalto, mas o partido já prepara a substituição do ex-presidente para esta terça (11).

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Ao mesmo tempo em que os advogados anunciavam a estratégia, nesta segunda (10), Fernando Haddad, vice do petista, discutia com o ex-presidente o roteiro para a transmissão do posto em Curitiba.

A oficialização de Haddad como candidato do PT deve ser feita após uma reunião da executiva nacional da sigla, na capital paranaense, e contará com a leitura de uma carta escrita por Lula.

Os defensores do ex-presidente pediram ao STF urgência na análise do recurso contra a decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que barrou sua candidatura no início do mês.

Solicitaram que o relator do caso na corte, ministro Celso de Mello, conceda liminar (decisão provisória) para suspender a data estipulada pela Justiça Eleitoral -11 de setembro- para que o PT substitua Lula na chapa.

O pedido da defesa, porém, é considerado meramente formal pela maior parte dos dirigentes petistas. Céticos quanto a uma decisão favorável do STF, eles admitem que o recurso será usado apenas para turbinar a retórica de que o partido lutou até o fim para tentar garantir a candidatura do ex-presidente.

Haddad, por sua vez, passou grande parte desta segunda reunido com Lula e advogados para tentar fechar o roteiro que será colocado em marcha a partir desta terça.

A pedido do ex-presidente, cancelou sua participação em um ato em São Paulo para evitar sua aclamação antecipada como candidato.

O vice de Lula tinha voo marcado de Curitiba para a capital paulista às 17h20 desta segunda, mas permaneceu na Superintendência da Polícia Federal até pouco antes das 18h, e saiu sem falar com a imprensa.

O evento em São Paulo foi convocado inicialmente sem o objetivo de promover a candidatura de Haddad. Mas, na véspera do prazo dado pela Justiça Eleitoral para a substituição de Lula, a expectativa era de que a militância ungisse o ex-prefeito como nome oficial do partido.

Diante dessa possibilidade, que, segundo dirigentes petistas, atropelaria uma decisão da cúpula do partido –reunida somente na terça–, Haddad permaneceu em Curitiba.

Para o anúncio, Lula encomendou –e recebeu– cartas de seus principais aliados com opiniões sobre como deveria ser conduzida sua substituição.

O grupo ligado ao ex-prefeito queria que essa troca fosse feita o quanto antes por temer pouco tempo de campanha para que o herdeiro de Lula, desconhecido principalmente no Nordeste, consiga angariar os votos do padrinho político.

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