Redação
Adoro uma feijoada, mas para o meu paladar a guloseima deve ser suculenta, sal na medida certa, variedade de carnes, laranja, bacon crocante… Em Maceió, eu já indiquei vários locais onde servem bem esse prato e muitos seguidores sempre me falavam para conhecer os caldinhos e espetinhos do Churrasquinho do Índio, em Cruz das Almas. Depois de uma indicação reforçada da Manu Ferreira, finalmente apareci no boteco. Lá tem feijoada nos dias de sextas e sábados, e claro, apreciei com muito prazer.
LEIA TAMBÉM
Escolhi o dia de sábado, esclarecendo logo que no Churrasquinho do Índio, durante o dia, é quente, não tem ventilador, então existem duas alternativas. Letra (A): encomendar os petiscos para comer em casa; letra B: combater o calor com uma cerveja bem gelada (e lá isso não falta) e devorar os tira-gostos. As duas opções estão corretas, porque as comidinhas são boas e merecem todo respeito.
Porção de torresmo do Bar do Índio
A feijoada versão pequena (para uma pessoa) ganhou ponto logo na apresentação, dentro de uma linda cumbiquinha de cerâmica. Para escoltar o manjar, porção de arroz, laranja e torresmo.
Apresentação é linda, o sabor melhor ainda, o feijão preto suculento, com pedaços de charque, costela de porco, bacon, calabresa e orelha. Pequeno que satisfaz e, muito importante, a feijoada não é gordurosa porque Rosilda Barbosa faz no capricho de mãe, escalda as carnes antes de cozinhar no feijão. Perfeito.
Mãe Rosilda e o filho Clyaton continuaram o legado do Índio
O Churrasquinho do Índio tem 21 anos de vida. Começou no bairro do Jacintinho com Rosilda e Edeildo da Silva, famoso Índio, que infelizmente faleceu cedo, mas deixou seu legado, o bar com seu nome. Quem comanda é a viúva e seu filho Clayton Hakinn (sobrenome em homenagem ao piloto da Formula 1). Ele nasceu no mesmo ano de inauguração do estabelecimento.
Curtam as minhas dicas:
Caldo Verde, um dos pioneiros no Churrasquinho do Índio
De olho – Os caldinhos estão desde o começo do bar. O Índio foi garçom da antiga GuT GuT e do hotel Jatiúca. Mas o rapaz era atento ao fogão e lá no hotel conheceu o caldo verde, achou interessante, e coube a sua esposa Rosilda reproduzir a iguaria feita com o creme de batata inglesa, linguiça e couve em tiras. Imagine há 21 anos, o sucesso do caldo do hotel de luxo no bairro Jacintinho. Esse Índio foi genial.
O caldinho de feijão é muito bacana
Preto – A feijoada também rende um bom caldo, a diferença é que o feijão preto é triturado, deixando uns pedacinhos do grão. Detalhe: os caldinhos têm nas versões de copo pequeno e numa cumbuca maior, equivalendo ao tamanho de uma sopinha pra lá de nutritiva. Tem outros sabores, como o de dobradinha. Amei!
Camarão crocante do churrasquinho em Cruz das Almas
Do mar – O camarão crocante vem envolvido numa leve camada de farinha e sal, bem sequinh, é do comer brincando, principalmente na companhia de uma cerveja bem gelada.
Maravilhosas asinhas de frango
Asinhas – Os churrasquinhos também são marcas registradas do bar, mas as asinhas de frango roubaram meu coração… É um verdadeiro petisco para repetir e compartilhar na mesa do bar do Índio.
Infelizmente não conheci o Índio, mas sua história de empreendedorismo merece aplausos, assim como sua família que soube prosseguir com o legado do ex-garçom.
Caldinho de camarão
Rota Churrasquinho do Índio:
Feijoada pequena – R$ 13,00/ completa R$ 32,00/ Camarão – R$ 26,00/ Porção de asinha R$ 10,00/ Aceita-se cartões
Funciona de terça a quinta a partir das 16h até meia noite/ sexta e sábado das 12 até meia noite/ Domingo e segunda fechado
Observação – No meio da casa tem outro empreendimento, uma barbearia, então, garotos, ainda podem fazer cabelo, barba e bigode.
O Índio com roupa de garçom e com a família comemorando o novo bar em Cruz das Almas
LEIA MAIS