Redação
A cachaça brasileira possuía destaque financeiro apenas entre os estados do Sudeste do País. Hoje, a realidade é outra: destilados de Alagoas, Pernambuco, Ceará e Bahia figuram entre as maiores exportações nacionais e outras marcas nordestinas se destacam também pela sua qualidade.
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Em premiações como o Concurso Nacional de Bruxelas, classificação avalia em medalhas de prata e de ouro dois tipos de bebida: os vinhos e os destilados. O mercado de vinhos segue dominado pelo Sul do Brasil, mas dentre os considerados Ouro, três são pernambucanos, colocando o Nordeste no mapa da indústria nacional.
Mais impressionante é o desempenho nordestino com destilados. São seis as cachaças de qualidade ouro. Alagoas e Pernambuco levantam a bandeira da região e comprovam que o mercado de bebidas tem apenas a crescer no Nordeste.
Com 40.000 produtores no Brasil, sendo 98% de pequenos e micro-empresários, que geram 600 mil empregos diretos e indiretos, o mercado de cachaça no país é o que possui maior possibilidade de crescimento. E já são 7 bilhões de reais de movimento anual em sua cadeia produtiva.
No país são 4.000 as marcas de cachaça que disputam mercado, e as nordestinas cada vez mais abocanham uma parcela do mercado. Segundo o CBRC- Centro Brasileiro de Referência da Cachaça, o mercado informal é ainda elevado em algumas regiões, como o Nordeste, o que elevaria a nossa produção para algo em torno de 2 bilhões de litros/ano.
E com exportações de apenas 1% de sua produção anual, o mercado tem potencial pra crescer ainda mais, visto que 70% do consumo de cachaça é realizado em bares e restaurantes e 30% nos demais pontos de vendas. Diante disso, ela é a única bebida, na atualidade, capaz de ter um boom no mercado internacional.
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