Redação
Com o sistema de Saúde em crise, o Rio de Janeiro aparece, neste final de ano, entre os Estados onde a dengue mais avança, aponta o último Boletim Epidemiológico da Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde. Com problemas de caixa, o governo do Rio decretou estado de emergência na saúde nesta quarta-feira (23).
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De acordo com o boletim do ministério, a incidência de dengue no Rio aumentou 759% até a semana epidemiológica 48 (04/01/15 a 05/12/15) em relação ao mesmo período do ano passado, atingindo a taxa de 380,7 notificações por 100 mil habitantes.
Entre os Estados com incidência superior a 100 notificações por 100 mil habitantes, a alta é superada apenas pela de Pernambuco (849%). Com 995,9 notificações por 100 mil habitantes, Pernambuco também vive surto da doença — além de enfrentar epidemia de zika, também transmitido pelo mosquito Aedes aegypti.
O boletim epidemiológico da Gerência de Doenças Transmitidas por Vetores e Zoonoses da Secretaria de Estado do Rio, divulgado neste mês, destaca que desde o final de julho (semana epidemiológica 30, de 26/7/2015 a 1/8/2015) o número de notificações de dengue está “acima do limite superior esperado”.
A situação, segundo o documento, é preocupante: no ano que vem, há alto risco tanto de epidemia de dengue — sobretudo dos tipo 2 e 3 — como de zika.
Na última terça-feira (22), o superintendente de Vigilância Epidemiológica e Ambiental do Estado, Alexandre Chieppe, afirmou que este é o momento de acabar com os focos do mosquito.
— O pico da transmissão da dengue no estado ocorre entre os meses de março, abril e maio. Este é o momento da prevenção, de a gente eliminar qualquer possibilidade de água parada, para que não tenha criadouro do mosquito.
Ele também reforçou a preocupação com a circulação do vírus zika, devido à sua associação com a microcefalia.
— A ocorrência da microcefalia preocupa bastante, por isso é importantíssima a intensificação das ações de prevenção para que a gente evite a ocorrência de novos casos.
Os casos suspeitos de microcefalia no Rio chegaram a 82. O Estado também registrou, neste ano, os primeiros casos de chikungunya em seu território.
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