“Novo normal”: relaxamento da quarentena pode aumentar sentimentos de ansiedade e medo entre a população

Publicado em 09/07/2020, às 13h03
Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil -

Assessoria

O medo é uma reação natural do corpo humano e que faz parte do instinto de sobrevivência. Ele não é necessariamente um sentimento ruim, como muitas pessoas imaginam, porque pode ser um mecanismo de autoproteção.

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A pandemia do novo coronavírus desencadeou problemas de saúde mental entre a população e, com o relaxamento da quarentena e flexibilização do comércio em Maceió, muitas pessoas relatam sentir medo e ansiedade diante do chamado “novo normal”.

De acordo com o coordenador do setor de psicologia do Sistema Hapvida, Carol Costa Júnior, a insegurança de não saber o que pode acontecer no futuro, ou até mesmo a possibilidade de contrair o vírus, pode gerar quadros de insônia, angústia e irritabilidade.

“Pessoas que ficaram muito tempo isoladas ou hospitalizadas são as que sofrem mais. Isso acontece porque o nosso cérebro entende que o nosso lar é o local mais seguro”, explica. Para o especialista, é preciso ficar alerta se a ideia de sair de casa desenvolver um excesso de pensamentos negativos, como pensar que vai morrer, por exemplo.

“A maior preocupação é que essas sensações podem aumentar os níveis de ansiedade e estresse em pessoas saudáveis ou se acentuar em indivíduos que já tem doenças psíquicas”, afirma.

Outra questão significativa é que, mesmo com o fim da pandemia, as sequelas psicológicas na vida do indivíduo podem permanecer por um longo tempo. “É importante observar bem esses sentimentos e suas proporções e, se necessário, procurar ajuda profissional o mais rápido possível”, reforça o profissional.

OTIMISMO

Apesar de todos os males causados pelo vírus, é preciso tentar pensar também nas coisas boas que estão acontecendo neste período de pandemia. Como, por exemplo, a valorização das relações, a importância da convivência familiar saudável, as novas possibilidades no ambiente virtual e novos serviços desenvolvidos.

O psicólogo dá dicas para passar por essa fase encarando todas as mudanças de maneira mais leve. “Respeite o seu tempo e, se tiver dificuldades para realizar algum tipo de atividade, crie metas para a melhor organização das tarefas. Além disso, avalie e racionalize o seu medo. Vai passar”, finaliza Carol.

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