Números comprovam: é difícil manter um clube de futebol no Brasil

Publicado em 19/03/2023, às 10h24 - Atualizado às 10h24

Redação

 

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O borderô da partida CRB 5 x 0 Operário MS, realizada quarta-feira, 15, no Trapichão, é um retrato cruel da realidade do futebol brasileiro.

A arrecadação bruta foi de R$ 94.300,00, para um público pagante de 6.886 – tiveram acesso gratuito ao estádio 1.211 crianças, o que dá um público total de 8.734 pessoas.

As despesas debitadas da renda:

– aluguel do campo, R$ 8.000;

– seguro torcedor, R$ 349,36;

– Federação Alagoana de Futebol, R$ 4.715;

– INSS – R$ 4.715;

– árbitro, auxiliares e analista – R$ 10.440;

– INSS sobre a remuneração da arbitragem –R$ 2.088;

– transporte e hospedagem da arbitragem – R$ 1.732;

– transporte aéreo da arbitragem – R$ 15.594,30;

– despesa administrativa (apoio) – R$ 5.570;

– ambulância – R$ 3.200;

– coordenador e supervisores da CBF – R$ 1.000;

– despesas do clube mandante (CRB) – R$ 123.489,31;

– IRPF Vinicius Gonçalves Dias Araújo – 64,20;

-INSS – 11% de desconto sobre a remuneração da arbitragem R$ 91,30.

Total de despesas: R$ 80.892,97.

Da renda líquida de R$ 13.407,03 foram deduzidos R$ 268,14 para a ACDA e R$ 134,07 para a ACEA, restando R$ 5.362,81 para o Operário MS e R$ 8.044,22 para o CRB (vencedor do jogo).

Traduzindo: de uma arrecadação total de R$ 94.300 restaram para os clubes somente míseros R$ 13.407,03.

Fica evidente que cada vez mais os clubes precisam de patrocínio forte e de outras fontes alternativas de receita para a sobrevivência nesse futebol dito profissional.

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