Como o efeito Marluce Caldas afeta o cenário da eleição de 2026

Publicado em 09/07/2025, às 14h45

Flávio Gomes de Barros

Transcorreram cerca de nove meses da inclusão da Procuradora de Justiça Marluce Caldas, do Ministério Público Estadual, em lista tríplice para uma vaga de ministra do Superior Tribunal de Justiça.

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Nesta terça-feira, 8, finalmente o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez a indicação dela para o STJ - a nomeação fica na dependência de sua aprovação em sabatina do Senado Federal, que na prática é uma mera formalidade.

Marluce Caldas vai ocupar um alto posto no Poder Judiciário, mas sua investidura como ministra tem implicações diretas nas eleições do próximo ano em Alagoas para definições no Executivo e no Legislativo.

Não custa lembrar que uma peça fundamental nesse contexto é seu sobrinho João Henrique Caldas (PL), em segundo mandato como prefeito de Maceió e supostamente candidato a governador em 2026 - JHC nunca declarou esse interesse, mas as especulações sempre foram nesse sentido.

Fazendo o desdobramento de como fica o cenário para as próximas eleições, a versão que passa a prevalecer é a de que, por conta da nomeação de Marluce para o STJ, o prefeito desistiria da candidatura ao governo para aderir ao grupo governista - no cenário local, passando a apoiar o senador e ministro Renan Calheiros Filho (MDB) para o governo; no âmbito nacional, se engajando, por gratidão, à campanha de reeleição do presidente Lula.

Outro efeito seria a candidatura do deputado federal Arthur Lira (PP), aliado político de JHC, para uma das duas vagas que estarão disponíveis para o Senado no próximo ano, em dobradinha com o senador Renan Calheiros (MDB), que tentará a sua quinta reeleição seguida.

A prevalecer essa versão, dois personagens estarão afetados: o vice-prefeito Rodrigo Cunha (Podemos), que teria a possibilidade de ser efetivado em abril de 2026 se o titular renunciasse para concorrer ao governo, e a senadora Eudócia Caldas (PL), mãe de JHC, que desistiria de concorrer à reeleição.

Restaria saber, a essa altura dos acontecimentos, quem assumiria a postura de oposição em Alagoas.

 

 

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