”O ministro não conhece nossas plantações ”, diz reitora da Ufal sobre acusações de Weintraub sobre maconha

Publicado em 25/11/2019, às 09h58
Ascom UFAL -

TNH1 com assessoria

Assim como em todo o país, a reitora da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Valéria Correia, também reagiu à polêmica declaração do ministro da educação, Abraham Weintraub, que em entrevista ao "Jornal da Cidade" disse que as universidades são "madraças de doutrinação" e "tem plantações extensivas" de maconha, além de os laboratórios de química estarem desenvolvendo droga sintética, a metanfetamina.

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A reitora considerou como “lamentáveis” as declarações do ministro e afirmou que “Além de plantar conhecimento, sonhos e um futuro melhor para milhares de alagoanos, nossas plantações é quem bota alimento na mesa de muitos brasileiros. O ministro não conhece as nossas plantações. Estimulamos a agricultura familiar e nossas pesquisas de melhoramento genético da cana-de-açúcar botaram Alagoas no primeiro lugar do ranking nacional”, disse.

Valéria Correia se refere aos contratos da Ufal com produtores locais de grãos, verduras e legumes orgânicos (livres de agrotóxicos), estimulando a agricultura familiar que é responsável  por colocar a comida na mesa dos brasileiros com 80, 7 milhões de área cultivada, segundo Censo Agropecuário 2017.

A cana-de-açúcar melhorada geneticamente na Ufal é a mais cultivada do Brasil. O tipo República Brasil (RB) assumiu o ranking nacional de variedade mais plantada no território nacional com total de 66% dos mais de cinco milhões de hectares plantados de cana no país.

Na Serra do Ouro, laboratório experimental do Centro de Ciências Agrárias (Ceca) da Ufal, os pesquisadores desenvolveram o tipo RB que é mais resistente às pragas e intérpretes climáticas.

A reitora antecipa uma novidade. A Ufal terá um Jardim Botânico que além de flores irá possuir plantações de ervas medicinais no Centro de Ciências Agrárias (Ceca).

Andifes quer processar o ministro da educação

Na última sexta-feira (22), Associação das reitoras e reitores das Universidades Públicas (Andifes) divulgou nota repudiando de forma veemente as declarações do ministro. A Andifes vai acionar a justiça para que se apure eventuais crimes de responsabilidade, improbidade, difamação ou prevaricação quanto às declarações do Ministro da Educação. A associação está disposta a processar o ministro da educação. 

O Sindicato Nacional dos Docentes do Ensino Superior, o Andes-SN, também emitiu nota informando que irá acionar a justiça.

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