Flávio Gomes de Barros
Texto de Cynthia Decloedt e Talita Nascimento, na plataforma Broadcast+:
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"A possibilidade do empresário Nelson Tanure ficar com a fatia da Novonor (ex-Odebrecht) na Braskem está ganhando corpo e a proposta do empresário está encontrando eco na principal contraparte na negociação pela petroquímica, a Petrobras. Isso porque, segundo apurou a Coluna, Tanure pretende entregar a gestão da Braskem à Petrobras e, de sua parte, reestruturar a dívida da companhia, para dar maior fôlego operacional à empresa, que enfrenta um ciclo de baixa inédito dos produtos petroquímicas. A Petrobras é a segunda maior acionistas da Braskem, depois da Novonor.
Paralelamente, Tanure, por meio da assessoria financeira contratada Rothschild, mantém conversas com os bancos credores da Novonor que têm ações da Braskem como garantia. No entanto, essas negociações andam a passos mais lentos, apurou a Coluna. Fontes dizem que o empresário busca entender qual é o melhor tratamento a ser dado aos créditos que somam cerca de R$ 19 bilhões, incluindo juros acumulados, e terão de ser repactuados.
Um entrave na conversa é a precificação do acidente geológico pelo qual a companhia é responsabilizada em Maceió (AL). A empresa sofreu um novo revés, com uma ação civil pública bilionária movida pela Defensoria Púbçica do Estado de Alagoas (DPE/AL), o que surpreendeu os negociantes.
Em meio a esse imbróglio, a fábrica de cloro soda da Braskem no local - que, como noticiado pela Coluna, é deficitária - ressurgiu em fala do senador Renan Calheiros (MDB-AL). Ele defendeu, nas redes sociais, que a Braskem promova a remoção definitiva da unidade instalada na península do Pontal da Barra, bairro de Maceió.
Procurados, Nelson Tanure, Novonor e Petrobras não responderam até a publicação deste texto. A Braskem não comentou."
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