Redação
Acabou o sonho dos bolsonaristas que acreditavam numa reviravolta do resultado da eleição que apontou Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de novo presidente o Brasil.
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O relatório com a análise das Forças Armadas sobre o sistema de votação eletrônico, elaborado pelo Ministério da Defesa ao Tribunal Superior Eleitoral, apenas indica fragilidades de segurança e sugere ajustes, mas nada que conteste a apuração, como esperavam os partidários do presidente Jair Bolsonaro.
O documento de 63 páginas, assinado pelo ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, diz, em resumo:
“Primeiro, foi observado que a ocorrência de acesso à rede, durante a compilação do código-fonte e consequente geração dos programas (códigos binários), pode configurar relevante risco à segurança do processo. Segundo, dos testes de funcionalidade, realizados por meio do Teste de Integridade e do Projeto-Piloto com Biometria, não é possível afirmar que o sistema eletrônico de votação está isento da influência de um eventual código malicioso que possa alterar o seu funcionamento”.
No documento, o general sugere ao TSE:
“Realizar uma investigação técnica para melhor conhecimento do ocorrido na compilação do código-fonte e de seus possíveis efeitos; e promover a análise minuciosa dos códigos binários que efetivamente foram executados nas urnas eletrônicas”.
Esgotado o último recurso ao questionamento do resultado das urnas, que era justamente o relatório a ser apresentado pelas Forças Armadas, aos seguidores de Jair Bolsonaro resta a resignação.
E nem podem contar com a liderança do ainda presidente, que continua recluso, abatido, trancado na sua residência oficial, numa situação extrema à do personagem que comandou multidões durante a campanha eleitoral.
Bolsonaro ainda assiste, inerte, passivamente, a muitos dos aliados de ontem estarem hoje declarando apoio a Lula, seu adversário e sucessor na Presidência da República.
O sonho, definitivamente, acabou…
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