O triste país em que gestão pública tem a ver quase sempre com falcatrua

Publicado em 22/08/2022, às 17h38

Redação

 

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A prisão do prefeito de Rio Largo, Gilberto Gonçalves, independentemente do fato de ele ser culpado ou não das acusações, remete aos casos recorrentes no Brasil – e Alagoas se inclui nesse contexto – de improbidade envolvendo gestores públicos.

No seu caso, uma situação nem tão incomum, mas agravante: a vice, que está assumindo a prefeitura com o seu afastamento, é a sua mulher.

Locupletar-se no exercício de cargo público não é novidade no Brasil, onde o exemplo mais notório é o do ex governador paulista Adhemar de Barros, que também foi prefeito de São Paulo, ao qual se vinculou o slogan “rouba, mas faz”.

Adhemar faleceu em 1969, mas deixou essa lenda negativa.

De uns tempos para cá, muitos executivos públicos têm seguido ao pé da letra o slogan atribuído a Adhemar de Barros.

Em nível nacional, há quem tenha adquirido notoriedade como presidente da República graças a evidentes falcatruas e, mesmo após cumprir prisão por condenação em várias instâncias, foi solto por manobras jurídicas de aliados de toga e hoje está aí – livre, leve e solto – tentando voltar ao cargo.

“Todo povo tem o governo que merece”, costuma se repetir aqui no Brasil, o que é uma absoluta verdade numa democracia plena como a que vivemos.

Ou terá razão o fabuloso ex jogador Pelé, quando disse certa vez: “O brasileiro não está preparado para votar”?

Certo é que às vésperas de uma importante eleição presidencial estamos numa encruzilhada: escolher um cidadão de declarações e atitudes destemperadas ou outro que apresenta uma folha corrida ao invés de um currículo.

Não existem opções viáveis eleitoralmente.

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