OAB poderá solicitar perícia da PF em áudios de suspeito morto em operação

Publicado em 17/08/2017, às 11h45

Redação

A Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Alagoas informou, na manhã desta quinta-feira (17), que pode pedir à Polícia Federal para periciar áudios e mensagens de textos apresentados por familiares dos homens que morreram em confronto com as polícias Militar e Civil, na Feirinha do Tabuleiro, em Maceió, nessa quarta (16).

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De acordo com o presidente da Comissão, o advogado Ricardo Moraes, a decisão dependerá da condução do caso pelo Estado. “Não temos como presumir isenção, por isso vamos acompanhar o caso de perto, não apenas como Direitos Humanos, mas como OAB. E caso perceba falta de isenção, poderemos pedir à PF para investigar os áudios e as mensagens”, informou.

Moraes ressaltou que não questiona as mortes em troca de tiros informadas pela polícia no começo da manhã de ontem, mas disse que a denúncia dos familiares dos suspeitos precisa ser investigada.

“É preciso apurar a circunstância do áudio. Se ele é real, se realmente é ligado à situação, porque a polícia socorreu cinco pessoas, quatro que deram entrada no Hospital Geral do Estado mortas, e uma em estado gravíssimo. Então temos que investigar se esse material foi gravado antes da morte desse homem, ou se foi forjado após a morte”, explicou.

O presidente disse ainda que conversou com o Secretário de Segurança Pública, coronel Paulo Lima Júnior, e pediu a apuração do caso. "Essa investigação não vai trazer mais ninguém de volta à vida. Vamos nos munir de qualquer coisa que ajude a esclarecer o caso. Já solicitamos as famílias que investiguem o fato. Mas há muita coisa a esclarecer; por exemplo: um dos suspeitos havia sido solto há pouco tempo”, pontuou.

O TNH1 conversou com o secretário de Segurança Pública e ele confirmou que conversou com o o advogado. Paulo Lima Júnior disse estar esperando a documentação referente ao caso, que está sendo coletada pela Comissão, para a partir daí iniciar a investigação.

O material

De acordo com o advogado, o material entregue pelos familiares contém áudios, mensagens de texto e uma localização enviada pelo Whatsapp.

“Nesses áudios o suposto homem, um dos que morreu no confronto, teria mandado mensagens para a mãe, avisando que estava sendo socorrido ao HGE, mas que estaria bem. No outro áudio, ele afirma que a viatura tomou outro destino, em direção a um local isolado. Em seguida ele teria mandado uma localização indicando que estariam em Fernão Velho, ou Goiabeiras”, mostrou.

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