ONU suspende ações no Malaui após assassinatos de pessoas acusadas de vampirismo

Publicado em 14/10/2017, às 21h03

Redação

Ao menos cinco pessoas foram assassinadas recentemente no sul do Malaui, na África, depois de terem sido acusadas de se comportar como vampiras. O presidente do país, Peter Mutharika, pediu investigações sobre as mortes - e um toque de recolher foi imposto pelo governo para prevenir mais assassinatos.

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A Organização das Nações Unidas (ONU) retirou funcionários de dois distritos após os boatos sobre vampiros se espalhar pelo sul do país. As pessoas assassinadas eram acusadas de beber sangue humano como parte de rituais mágicos.

O toque de recolher restringe movimentações durante dez horas - entre 7h e 17h no horário local.

Origem em Moçambique

Em um relatório, a ONU afirmou que os rumores de vampirismo parecem ter tido origem em Moçambique, "atravessando" a fronteira para os distritos de Mulanje e Phalombe, no Malaui.

O documento destaca que não está claro o que motivou tais rumores e determina "a suspensão temporária de atividades da ONU na área até que a situação se normalize".

Um dos países mais pobres do mundo, o Malauí conta com a presença de muitas organizações humanitárias e agências internacionais.

Os níveis educacionais também são baixos - a crença em bruxaria é comum e os rumores de vampirismo, constantes.

Uma onda de violência ligada a rumores similares já havia eclodido no país em 2002.

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