Redação
Uma operação da Polícia Federal intitulada Capuccino cumpre 19 mandados de busca e apreensão e 24 de condução coercitiva no Tribunal de Justiça do Estado do Ceará.
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De acordo com o blog O Antagonista, os magistrados são suspeitos de vender sentenças. Ao site Estadão, a desembargadora Sérgia Maria Mendonça Miranda disse que ‘teve seu nome utilizado indevidamente e sem sua autorização, por terceiros, que visaram obter vantagens em ações’.
A desembargadora informou à reportagem que ‘está ingressando na Justiça, por meio de advogados, com ações cíveis e criminais de apuração e reparação de danos contra os implicados para colocar na cadeia os culpados’.
Sérgia é investigada por ordem do Superior Tribunal de Justiça (STJ) na Operação Cappuccino, deflagrada no mês passado. Essa é a segunda etapa da Operação Expresso 150.
O ministro Herman Benjamin, do STJ, que autorizou a investigação da desembargadora, expôs que a Polícia Federal encontrou na investigação um grupo de advogados supostamente envolvidos no esquema de venda de sentenças judiciais.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) também pediu a abertura de um novo inquérito para investigar suspeita de corrupção ativa e passiva que envolvem a desembargadora e outro magistrado do pleno do TJ do Ceará, o desembargador Francisco Pedrosa Teixeira.
Sérgia Miranda é citada em conversas de um grupo do WhatsApp como responsável por “abrir as portas dos presídios” durante seus plantões.
A desembargadora negou, através de nota, ‘que tenha tido qualquer tipo de envolvimento com o esquema de venda de liminares na Justiça cearense, que está sendo investigado’.
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