Operação Casmurros: servidores investigados são afastados temporariamente; veja nomes

Publicado em 11/09/2019, às 10h47
Assessoria Polícia Federal -

Erik Maia e Deborah Freire

Foi publicado no Diário Oficial do Estado (DOE) desta quarta-feira (11), o afastamento temporário de seis servidores da Secretaria de Estado de Educação (Seduc) e do diretor presidente da Amgesp, investigados pela Polícia Federal na Operação Casmurros, deflagrada nessa segunda-feira, 10.  A PF investiga desvios de recursos federais do Programa Nacional de Apoio ao Transporte do Escolar (PNATE) e do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação Básica (Fundeb). Os afastamentos foram determinados  pela Justiça. 

LEIA TAMBÉM

Foram afastados os servidores Wagner Morais de Lima, diretor presidente da Amgesp; Sérgio Paulo Caldas Newton, que exercia cargo em comissão de secretário Executivo de Gestão Interna; José Queiroz de Oliveira, da Comissão Especial de Transporte Escolar (Cetre); Tércio Alexandre da Silva, assessor especial do Conselho Estadual do Fundeb (comissionado); José Enéas dos Santos, assessor técnico (comissionado); George de Souza Paes Júnior, sub-chefe de Frotas (função gratificada); e Liliane Damasceno Rocha Pereira, chefe de Aquisição (função gratificada) foram afastados pelo período de 30 dias.

Ainda segundo as publicações, apenas o diretor presidente da Amgesp terá substituto designado durante este período. A servidora Gabrielle Tibúrcio dos Santos, Superintendente de Licitações e Controle de Registro de Preços, deverá responder interinamente pelo órgão.

Confira AQUI os afastamentos no Diário Oficial do Estado. 

Consultada, a Secretaria de Educação solicitou e-mail com as informações da matéria para posteriormente se pronunciar. Jà a Amgesp confirmou os afastamentos, ressaltanto que no órgão foi apenas o diretor-presidente. 

Ainda na tarde de ontem, a  Seduc emitiu nota sobre a operação,  No comunicado, a secretaria informou que a empresa de transporte escolar Bioética, investigada pela Polícia Federal, foi desabilitada de processo administrativo pela Amgesp, em 2017. Mas, uma decisão judicial obrigou o Estado a reincluí-la no certame. 

A Seduc também destacou que em dezembro de 2018, a empresa foi à Justiça e conseguiu decisão em caráter liminar para obrigar o Estado a manter o contrato. Já em março, uma decisão em 1ª instância foi proferida e determinou a manutenção do acordo sob pena, em caso de não cumprimento, de pagamento de multa diária.  Leia a nota na íntegra

A operação

A ação, batizada de "Casmurros", visa apurar possíveis desvios de recursos públicos do Programa Nacional de Apoio ao Transporte do Escolar (PNATE) e do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação Básica (Fundeb), na Seduc. Além da capital, foram cumpridos mandados em Arapiraca, Boca da Mata, Rio Largo e São Miguel dos Campos. Ao todo, 13 pessoas foram presas na operação.

A soma dos valores pagos em decorrência das contratações emergenciais desde janeiro de 2017 alcança um montante de cerca de R$ 110 milhões, dos quais já foram identificados R$ 8,5 milhões de superfaturamento. O prejuízo total estimado aos cofres públicos pode ultrapassar R$ 21 milhões.

Gostou? Compartilhe

LEIA MAIS

MPAL ajuíza ação para proteger direitos da população idosa no transporte urbano de Pilar Morre no HGE mulher vítima de incêndio provocado pelo companheiro em Marechal Deodoro Governador Paulo Dantas afasta secretário de Saúde após operação da Polícia Federal HGE realiza duas captações de órgãos que salvaram a vida de mais seis pessoas