Operação Infecto: empresas investigadas teriam contratos em Alagoas

Publicado em 05/11/2015, às 15h51
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Redação

Operação Infecto: empresas investigadas teriam contratos em AL (Crédito: Ilustração)

A Polícia Federal, Receita Federal, Controladoria Geral da União e Ministério Público Federal deflagaram hoje a Operação Infecto, que desarticulou esquema de desvio de recursos públicos, lavagem de dinheiro e sonegação de impostos. 

Inicialmente, os mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos nas cidades de Salvador, Juazeiro, Jacobina e Valença, todas na Bahia. Ações também estão sendo executadas em Petrolina (PE). Mas a PF já tem conhecimento que entidades investigadas possuem contratos semelhantes firmados em Alagoas, Sergipe e Tocantins. Até o momento não foi divulgado nomes ou tipo de contrato firmados em Alagoas.

As investigações apontam a existência de uma organização criminosa envolvendo as chamadas Oscips (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público).

As prefeituras das cidades firmavam contratos de parceria com essas entidades, que eram criadas em nome de laranjas, sem licitação. Segundo a Receita, em troca de repasse de verbas públicas, essas organizações ficavam responsáveis pela prestação de serviços.

As investigações apontaram que o suposto desvio de dinheiro público variava entre 10% a 20% do contrato de parceria. As investigações da CGU nos municípios de Barreiras, Ipirá, Quixabeira, Uauá e Valença - locais onde as entidades foram contratadas –revelaram a contratação irregular para prestação de mão de obra terceirizada, superfaturamento dos valores e desvio de recursos.

Essas entidades investigadas possuem contratos semelhantes firmados em Alagoas, Sergipe e Tocantins. O Fisco vê também existem fortes indícios de irregularidades nessas parcerias.

De acordo com a Receita Federal, as investigações sugerem que foram desviados mais de R$ 90 milhões dos cofres das prefeituras envolvidas, além de uma sonegação fiscal estimada em R$ 85 milhões.


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