Assessoria
A operação Midas, que cumpre mandados de prisão e de busca e apreensão contra acusados de crimes de latrocínio (roubo seguido de morte) e roubo em todo o país, prendeu quase 1500 pessoas até essa quarta (26). O trabalho é realizado pelas delegacias regionais de Polícia Civil nos estados, e em Alagoas, prendeu sete pessoas em Arapiraca.
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De acordo com os resultados divulgados pelo ministério da Segurança Pública, foram presos 1496 adultos (sendo 427 prisões por roubo; 17 por latrocínio e 783 por outros crimes, além de 269 prisões em flagrante) e apreendidos 109 adolescentes. Foram cumpridos 535 mandados de busca e apreensão. Também foram apreendidos 88 armas de fogo e 75 veículos. Os números finais serão divulgados nesta sexta-feira (28).
'Midas' é a terceira operação realizada a partir de uma parceria com as polícias estaduais e coordenada pelo Ministério da Segurança Pública, no âmbito do Sistema Único de Segurança Pública. Participam da operação conjunta 8 mil policiais civis de 25 estados e do Distrito Federal. O único estado que não participa da Operação Midas foi o Amazonas.
Ação coordenada
O ministro Raul Jungmann informou que as operações têm sido lançadas de forma simultânea em todo o país para demonstrar a coordenação com as polícias estaduais. Entre as justificativas da operação, ele aponta a de que o dinheiro roubado, principalmente de carros-fortes e de caixas eletrônicos, acaba sendo usado por facções para a prática de outros crimes, como tráfico de drogas, contrabando e até mesmo financiamento de campanhas políticas.
“O roubo a caixas eletrônicos tem acontecido em quantidade de milhares ao ano. Nossos setores de Inteligência informam que ele serve de capital de giro para as facções, para o financiamento de outras atividades, como tráfico de drogas, contrabando, descaminho e tantas outras operações que são promovidas pelo crime organizado”, explicou o ministro.
Jungmann também defendeu que o combate ao latrocínio ajuda a reduzir o número de homicídios e informou que, em 22 de outubro, as metas da Política Nacional de Segurança Pública serão referendadas durante reunião do Conselho Nacional do Sistema Único de Segurança Pública (Susp). “O Brasil está assumindo e propondo aos estados uma redução de 3,5% ao ano, dos homicídios. Como os homicídios vinham crescendo 4%, se conseguirmos uma redução, até 2019, de 3,5%, teremos reduzido em 7,5% esses crimes”, argumentou.
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