Padrasto é preso após matar enteado de dois anos por 'sujar a fralda'

Publicado em 02/12/2025, às 16h32
- Foto: Reprodução

Extra Online

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Um homem investigado sob a acusação de ter matado o enteado, um menino de 2 anos, foi preso em Queimados, na Baixada Fluminense, na noite de segunda-feira. Henry Gabriel, a criança, teria sujado a fralda. A prisão foi realizada por policiais civis da 55ª DP (Queimados), com apoio de policiais militares do 24º BPM, que prenderam o suspeito em flagrante. Paulo Cesar da Silva Santos, de 23 anos, foi capturado momentos após o crime.

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Na segunda-feira, por volta de 12h, Paulo levou Henry para a UPA de Queimados, onde funcionários constataram hematomas por todo o corpo. Diante da situação, a polícia e o Conselho Tutelar foram acionados.

Segundo informações da polícia, na delegacia, Paulo César confessou que deu "chineladas" e bateu em várias partes do corpo do menino porque ele teria “sujado a fralda”. Durante as diligências, os policiais também reuniram fotos e vídeos feitos na manhã do mesmo dia, que mostravam a criança brincando e sem hematomas. Testemunhas relataram que o padrasto era agressivo, já havia batido na vítima outras vezes, era usuário de drogas e já integrou o tráfico de drogas na comunidade São Simão.

"Ele tomou soco na barriga, soco na boca, chinelada nas pernas", disse David, pai da criança, em entrevista ao RJTV, da TV Globo.

Segundo os agentes, o boletim de atendimento médico da unidade de saúde registrou a extensa lista de lesões encontradas no corpo da criança: múltiplos hematomas em diferentes regiões, edema bilateral na área parietal, pupilas anisocóricas, equimose no hemitórax esquerdo, lesão perfurocortante no punho esquerdo, luxação do dente 72 com sangramento gengival e uma lesão compatível com marca de solado de calçado na região femoral.

O criminoso foi autuado em flagrante por homicídio qualificado. Na porta da 55ª DP, familiares da criança acompanharam a transferência de Paulo César da Silva Santos para uma unidade prisional em meio a muita comoção. Parentes choravam em desespero e revolta, e alguns socavam a porta da viatura onde o acusado estava, enquanto gritavam contra o padrasto. A cena foi marcada por tumulto e forte emoção de quem aguardava do lado de fora da delegacia.

Segundo a mãe de Henry, Paulo já havia a agredido em outras ocasiões:

“Já me agrediu também, por besteira e ciúmes”, disse ao RJTV.

O delegado Julio da Silva Filho, em entrevista ao RJTV, disse que o suspeito afirmou ter dado chineladas e palmadas, mas não informou à polícia a proporção da agressão que praticou contra a criança, agressões que provocaram a morte do menino.

“Ela tinha medo. A mãe disse para nós que a criança tremia e ficava muito inquieta com a presença do Paulo. Então, era uma relação que apuramos em que ele já era contumaz em agredir aquela criança. Quem confirmou essa conduta foram os vizinhos, porque eles ouviram os gritos tanto dele quanto da criança quando os fatos ocorreram", disse o delegado.

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