Padre invade cerimônia de matriz africana e xinga líder religioso de "macaco nojento"

Publicado em 16/11/2025, às 16h12
- Reprodução/Redes sociais

Terra

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Um padre é acusado de chamar de "macaco nojento" um líder religioso que comandava uma cerimônia de matriz africana em Praia Grande (SP). O homem teria interrompido a celebração antes do horário estipulado pela prefeitura e ainda deu um tapa na mão de uma mulher que participava do evento e filmava o episódio.

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O caso aconteceu dentro do Cemitério Morada da Grande Planície, no bairro Vila Antártica, no último dia 2 de novembro, durante as celebrações religiosas do Dia de Finados, mas veio a público somente nesta semana, quando o líder religioso Leandro Oliveira Rocha, de 44 anos, se manifestou em uma rede social.

Rocha publicou um desabafo em seu perfil no Facebook em que classifica o episódio como "horrível", "triste" e "destruidor. "Um ser humano que se diz ser um líder religioso a onde deveria pregar a paz, amor e união. Mas faz ao contrário: prega a intolerância religiosa e a injuria racial", começa.

"Estávamos ministrando o nosso culto a ancestralidade ele invadiu o nosso espaço e horário me insultando me xingando na frente de todos com um palavrão feio: 'saia daqui, nojento macaco'", continua o relato.

Rocha também afirma que o padre agrediu uma mulher que participava da cerimônia e filmava o acontecido. A cena foi registrada em vídeo, no qual é possível ver o padre dando um tapa na mão dela.

A cerimônia comandada por Rocha é de matriz africana e estava marcada para iniciar às 14h. Na sequência, às 16h, o padre que aparece no vídeo começaria uma missa. No entanto, antes de o horário ser alcançado, ele se exaltou, gritou com os participantes e disse os xingamentos.

Rocha procurou a polícia para registrar um boletim de ocorrência. Ao Terra, a Polícia Civil confirmou que o caso foi registrado em uma delegacia de Praia Grande. Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP-SP), o padre ainda não identificado.

No registro, consta que ele invadiu a cerimônia de matriz africana, e gritou para que Rocha saísse do palco. Além disso, "injuriou o homem e empurrou a mulher", diz a nota da SSP-SP. 

O caso foi registrado como "ultraje a culto e impedimento ou perturbação de ato a ele relativo", e "injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro, em razão de raça, cor, etnia ou procedência nacional" no 2ª DP de Praia Grande. 

O Terra tenta contato com a paróquia envolvida no episódio, a Paróquia Nossa Senhora das Graças, com a Diocese e com o padre que aparece nas imagens, mas ainda não teve retorno.

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