Pai do motorista embriagado diz que família está sendo alvo de ameaças

Publicado em 29/11/2017, às 17h12

Redação

O empresário Bruno Leal, pai do universitário João Victor Ribeiro de Oliveira Leal, 25 anos, envolvido no acidente de trânsito no bairro da Tamarineira que resultou na morte de três pessoas e deixou outras duas gravemente feridas, falou esta manhã com o Diario de Pernambuco. Bruno contou que já conseguiu advogado para acompanhar a situação do filho, que está preso no Centro de Observação e Triagem em Abreu e Lima desde segunda. Disse também que a família está sofrendo ameaças pelas redes sociais. 

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João Victor é acusado de dirigir alcoolizado, em alta velocidade e ocasionar o acidente que matou a advogada Maria Emília Guimarães, 39, o filho dela, Miguel, 3, e a babá Roseane de Brito, 23, além de deixar gravemente feridos o advogado Miguel da Motta Silveira e a menina Marcela Motta Silveira.

Segundo o empresário, o filho é dependente químico desde os 14 anos. Começou usando maconha, depois passou a cheirar cocaína. Ele disse que está tentando junto a advogados socilitar que o rapaz seja encaminhado para tratamento numa clínica especializada. “Bruno já esteve internado por seis meses na Clínica Recanto da Paz, em Aldeia, em 2014. Depois, que teve alta, ingressou no grupo Narcóticos Anônimos e ficou bem até o fim de 2015. No começo do ano passado, teve uma recaída e se internou novamente até abril, no mesmo lugar. Ele deve ter usado drogas e misturado com bebida. Meu filho não é um monstro. Ele está doente”, explicou o pai.

De acordo com o empresário, o filho estava sendo acompanhado por um psiquiatra e usando medicamentos controlados. “Ele toma duas miligramas de Rivotril pela manhã e outras duas à noite. Mas estava bem, trabalhando comigo numa pequena empresa de construção civil”, comentou. Na empresa, segundo o empresário, João Victor era responsável pelo setor de compras e cuidava da logística. 

O carro guiado pelo rapaz, um Ford Fusion, pertence ao pai. “Ele não tem carro. Dirigia sempre o meu. Na tarde do acidente, estava em casa, quando pegou o veículo e foi até o bar Zé Perninha, em Olinda. Ele tomou uma cerveja com um amigo nesse bar e em seguida saiu sozinho para o Autobar, em Casa Forte. Lá, a gente não sabe o que ocorreu depois”, falou Bruno. 

A notícia do acidente chegou primeiro para a mãe de João Victor, Patrícia Ribeiro. “Ela recebeu uma chamada do Samu avisando que ocorreu o acidente e tinham levado ele para a UPA da Caxangá. Ela me comunicou e fomos juntos para lá”, lembrou. 

Bruno Leal ainda não viu o filho na prisão. “Mas o advogado já esteve com ele e me disse que ele está abatido, deprimido e chorou bastante ao saber das mortes. A gente fica muito triste, ninguém quer uma situação dessas. Estamos também sofrendo muito pela dor da outra família”, falou.

João Victor mora com o pai e uma das irmãs em Olinda. Terminou o segundo grau, ingressou na faculdade de administração, mas desistiu do curso. Estava cursando Engenharia Civil, mas devido problemas com drogas, trancou curso no terceiro período.  

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