Papa afasta a mão dos beijos de fiéis para "proteger as pessoas"

Publicado em 28/03/2019, às 23h27
Papa Francisco | Reprodução -

VEJA.com

O porta-voz do Vaticano, Alessandro Gisotti, explicou nesta quinta-feira, 28, os bastidores do polêmico vídeo em que o papa Francisco evita que fiéis beijem seu anel papal. Segundo ele, o pontífice fez isso meramente por uma questão de higiene: para evitar a disseminação de germes e vírus entre os devotos.

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Francisco já havia cumprimentado dezenas de pessoas que esperavam em uma longa fila quando começou a desviar a mão em que usa o “Anel do Pescador”, tentando protegê-las de doenças que poderiam ser transmitidas depois de tantas interações, relatou Gisotti.

“Sua Santidade me contou que a motivação foi bem simples: higiene. Ele quer evitar o risco de contaminação para as pessoas e não para ele.”

O vídeo da atitude pouco ortodoxa, criticada por alas mais conservadoras da Igreja Católica, foi gravado durante visita do pontífice ao Santuário de Loreto, na Itália, na segunda-feira 25. Rapidamente viralizou nas redes sociais de todo o mundo. 

O “Anel do Pescador” (referência a São Pedro, que era pescador e primeiro papa da Igreja) é um dos símbolos da investidura do poder do pontífice. Beijá-lo é uma tradição milenar que representa respeito e obediência à autoridade máxima do catolicismo.

Gisotti afirmou que Francisco fica “mais que contente” em receber os beijos de grupos pequenos, já que a propagação de germes é mais contida. Ele mencionou que, na última quarta-feira 27, o papa recebeu algumas pessoas ao final de sua audiência semanal na Praça de São Pedro e não lhes negou a mão quando elas se ajoelharam para beijar o anel do pescador.

“Vocês todos sabem que ele gosta muito de receber e acolher as pessoas e ser acolhido por elas”, defendeu o porta-voz. O papa Francisco é conhecido por sua recepção calorosa aos fiéis.

O papa argentino realmente é conhecido por gostar de contato direto com os fiéis. Francisco aperta centenas de mãos a cada semana, deixa-se abraçar, tira selfies e até aceita beber mate oferecido por estranhos.

Ainda segundo o jornal católico La Croix,  o anel de Francisco não seria o “anel dos pescadores”, mas sim o anel que ele recebeu durante sua ordenação episcopal, em 1992, em Buenos Aires. Este detalhe não foi comentado no pronunciamento do Vaticano.

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