Papa diz que aborto para evitar deficiências é como eugenia nazista

Publicado em 17/06/2018, às 07h00

Redação

O papa Francisco classificou a prática de aborto após testes pré-natal apontarem possíveis deficiências no nascimento como uma versão da tentativa nazista de criar uma raça pura ao eliminar os mais fracos.

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O pontífice fez a comparação em um longo discurso a membros de uma confederação de associações familiares italianas.

“As crianças devem ser aceitas como elas vêm, como Deus as envia, mesmo se às vezes estejam doentes”, afirmou.

O papa então falou sobre os testes pré-natal para determinar se o feto tem quaisquer doenças ou má-formações.

“A primeira proposta, nesse caso, é ‘Devo me livrar disso?’ A matança de crianças para ter uma vida moral tranquila, um inocente é eliminado”, disse o pontífice.

“Eu digo isso com dor. No último século o mundo todo foi escandalizado pelo que os nazistas fizeram para buscar a pureza racial. Hoje, estamos fazendo o mesmo, com luvas brancas.”

Nos programas nazistas de eugenia, centenas de milhares de pessoas foram deixadas estéreis à força e dezenas de milhares foram mortas em uma tentativa de “limpar” a cadeia de hereditariedade daqueles com deficiências físicas ou cognitivas.

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