Correio Braziliense
O pai do menino Henry Borel, o engenheiro Leniel Borel de Almeida, recebeu uma carta enviada pelo Papa Francisco em solidariedade pela morte do menino, de apenas 4 anos.
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Na carta, o religioso cita "a loucura humana que levou ao massacre do pequenito Henry Borel". O documento foi entregue a uma parente de Leniel que mora em Portugal depois que ela escreveu ao Papa contando sobre o que aconteceu com a criança.
O papa pede que Leniel e mãe dele, Noeme, não se contaminem pelo ódio e se recusem a odiar aqueles que lhes fizeram mal.
"O Santo Padre conta com Leniel e Noeme para contrastar a cultura da indiferença e do ódio que sente crescer ao seu redor, não se deixe contaminar pelo ódio, transformando-se a sua imagem e semelhança. Seja do número das pessoas que se recusam a entrar no circuito do ódio, que se recusam a odiar aqueles que lhes fizeram mal, dizendo-lhes: 'Não tereis o meu ódio'. Desde modo, ajudará a parar o mal, como fez Abraão quando pediu a Deus para não exterminar os justos com os culpados", diz trecho da carta que foi assinada pelo Monsenhor Luigi Roberto Cona, assessor para Assuntos Gerais da Secretaria do Vaticano.
Foto: Arquivo Pessoal
Ao Extra, Leniel disse que as palavras do Papa forma um conforto em um momento tão difícil. "No momento mais difícil de nossas vidas, as palavras de amor e solidariedade transmitidas pelo Papa Francisco nos fortalecem na fé e nos apoiam ainda mais a sermos imitadores de Cristo. A carta que recebemos só ratifica que estamos no caminho certo de se opor ao sentimento de vingança, ódio e indiferença, não nos indignando de forma alguma para fazer o mal. Henry com certeza está feliz que não estamos nos vencendo pelo mal, mas vencendo o mal com o bem", disse.
Caso Henry Borel
A criança morreu em 8 de março com várias lesões pelo corpo e hemorragia no fígado. A mãe de Henry, Monique Medeiros, e o padrasto, o vereador afastado Dr. Jairinho, estão presos preventivamente. Os dois foram denunciados por homicídio duplamente qualificado, com impossibilidade de defesa da vítima, e tortura.. Eles negam o crime.
As investigações apontam que a criança vinha sendo agredida pelo padrasto antes mesmo da noite do crime e a mãe da criança tinha conhecimento disso.
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