Papa pede ajuda a refugiados: “o Mediterrâneo se transformou em um cemitério”

Publicado em 17/09/2016, às 23h30
-

Redação


LEIA TAMBÉM

O papa Francisco disse hoje (17) que a atual problemática migratória é “a maior crise humanitária depois da Segunda Guerra Mundial” e que o Mar Mediterrâneo se transformou “em um cemitério”.

Francisco recebeu na Sala do Consistório do Palácio Apostólico, no Vaticano, cerca de 150 participantes do encontro de ex-alunos jesuítas de todo o mundo, promovido pela Confederação Europeia dos ex-Alunos dos Jesuítas, e lamentou “a atual crise migratória, com 65 milhões de pessoas em todo mundo que foram obrigadas  a abandonar os próprios lares”.

De acordo com o pontífice, trata-se de “um número sem precedentes, que vai além da imaginação” e é maior que a população da Itália.

Em seu discurso, o papa qualificou a problemática migratória como “a maior crise humanitária depois da Segunda Guerra Mundial” e lembrou os migrantes que morrem tentando chegar à Europa. “Um número nunca antes alcançado de refugiados morre tentando atravessar o Mar Mediterrâneo, que se transformou em um cemitério”, comparou.

“São homens e mulheres, meninos e meninas que não são diferentes dos membros das nossas famílias e dos nossos amigos”, disse o papa aos participantes do encontro de jesuítas, que discute as raízes da migração forçada, a crise e a integração dos refugiados e migrantes.

“Cada um deles tem um nome, um rosto e uma história, assim como o direito inalienável de viver em paz e de aspirar a um futuro melhor para os próprios filhos”, acrescentou.

O pontífice também lembrou os inúmeros conflitos que ocorrem no mundo, como “a terrível guerra da Síria” e as “guerras civis no Sudão do Sul”.

“Saibam também ser valentes em responder às necessidades dos refugiados do tempo”, enfatizou. “Com a ajuda de vocês, a Igreja será capaz de responder mais plenamente à tragédia humana dos refugiados através dos atos de misericórdia.”

“Os animo a dar as boas vindas aos refugiados em seus lares e comunidades, de modo que a primeira experiência deles na Europa não seja aquela traumática de dormir no frio nas ruas, mas a de uma recepção calorosa e humana.”


Gostou? Compartilhe

LEIA MAIS

Vídeo: ratazana surge a bordo de avião e provoca pânico entre passageiros Diretor de cinema Rob Reiner citou 'medo' do filho horas antes de ser morto Agente de condicional confessa relacionamento amoroso com detento em presídio de segurança máxima Brasileira e italiano morrem após paraquedas se chocarem durante salto