Parada do Orgulho LGBT de São Paulo terá shows de Daniela Mercury e Anitta

Publicado em 13/06/2017, às 18h01
-

Redação

A Associação da Parada do Orgulho de Gays, Lésbicas, Bissexuais e Transgêneros de São Paulo (APOGLBT/SP) e a prefeitura de São Paulo apresentaram nesta terça-feira (13) a programação e os preparativos para a 21ª Parada do Orgulho LGBT em São Paulo, que ocorre no próximo domingo (18), das 12h às 18h, na região da Avenida Paulista. O tema deste ano é Independente de nossas Crenças, nenhuma Religião é Lei. Todas e todos por um Estado Laico.

LEIA TAMBÉM

A estimativa dos organizadores é que cerca de 3 milhões de pessoas participem do evento, que terá como uma das principais atrações a cantora baiana Daniela Mercury e a funkeira Anitta. A parada terá 19 trios elétricos patrocinados por instituições e empresas que apoiam o movimento LGBT e estão comprometidos com o combate e o fim da discriminação, seja ela étnica ou de gênero.

A concentração será em frente ao Museu de Arte de São Paulo (MASP), a partir das 10h, como ocorre todos os anos. O percurso será de aproximadamente 3,5 quilômetros, partindo da Avenida Paulista, seguindo pela Rua da Consolação. O show de encerramento será no Vale do Anhangabaú, com as atrações confirmadas da cantora Tâmara Angel e de artistas da noite LGBT.

A Parada do Orgulho LGBT de São Paulo é considerada a maior do mundo neste gênero. Instituída oficialmente no calendário da cidade pelo Decreto 57.014/2016, em 2017 conta com investimento de R$ 1.421.115,93 da prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria de Direitos Humanos e Cidadania, para a infraestrutura do evento.

O prefeito de São Paulo, João Dória, diz que a parada movimenta a economia da cidade. “A parada é, ao lado da Fórmula 1, o maior evento de fluxo turístico da nossa cidade, tem um impacto econômico de grande expressão. Além da causa, contribui para a economia, gerando renda, empregos e imagem internacional”, avalia.

O prefeito ainda ressaltou que os investimentos privados na parada devem aumentar a cada edição. “Vamos continuar fazendo o esforço para que, cada vez mais, a parada tenha suporte do setor privado. Assim, os investimentos públicos passam a ser de infraestrutura, segurança e apoio”. Este ano, a parada tem como principais patrocinadores uma marca de cerveja e um aplicativo de viagens particulares.

Segundo levantamento feito pelo Observatório do Turismo, durante a edição de 2016, o gasto médio individual dos entrevistados na cidade foi de R$ 1.502,91, considerando despesas com hospedagem, alimentação, transporte na cidade e lazer. Já os paulistanos gastaram, em média, R$ 73,82 na Avenida Paulista durante a parada.

Direitos Humanos

Recém-empossada no cargo de secretária de Direitos Humanos e Cidadania do município, a ex-procuradora de Justiça Eloisa de Sousa Arruda afirma que a parada é também uma oportunidade de se conscientizar sobre as questões LGBT. “Temos um momento que é festivo mas é também de reflexão, de chamar a atenção para a causa LGBT, que por vezes traz notícias de violência”.

De acordo com a secretária, os serviços de apoio do município, como os quatro centros de cidadania LGBT, é um dos compromissos assumidos. “Reafirmamos o nosso propósito de fortalecer os serviços de apoio em São Paulo”.

A presidente da APOGLBT/SP, Claudia Regina dos Santos Garcia, acredita que a parada tem uma função muito importante por tratar da questão da intolerância. Para ela, o evento é festivo, mas ainda não é possível comemorar, pois há muita violência e preconceito contra a comunidade LGBT. “Vamos para a avenida pedir respeito, lamentando as mortes. A parada é uma festa, mas um dia espero que seja uma festa mesmo, uma comemoração dos direitos conquistados e mantidos. Por enquanto é luta”, enfatizou.

Segurança

A prefeitura informou que a Guarda Civil Metropolitana e a Polícia Militar estarão mobilizadas no domingo para dar suporte ao evento. A Delegacia de Crimes de Intolerância (Decradi) também estará de prontidão caso ocorra algum caso de LGBTfobia durante o evento. “Será um evento bem seguro, cheio de alegria, de paz, de entretenimento entre as pessoas e com respeito”, garantiu o prefeito.

O trajeto contará com pontos de apoio com atendimento médico, bombeiro, PM e ambulância, além do auxílio do Copom por meio do monitoramento com câmeras de segurança. O encaminhamento para hospitais será regulado pela central do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Cerca de 700 banheiros químicos serão disponibilizados ao longo do percurso. Equipes da prefeitura farão a limpeza das ruas após o evento.

Quanto à atuação dos ambulantes não credenciados, a fiscalização será rígida, segundo servidores municipais. “Todo o comércio ambulante que for irregular será abordado sim, e verificado se tem documento Se não tiver, ele é apreendido, não tem jeito”, afirmou o prefeito regional da Sé, Eduardo Odloak.

Gostou? Compartilhe

LEIA MAIS

Protótipo de carro voador produzido no Brasil faz primeiro voo Polícia prende segundo homem envolvido no roubo de obras de arte em SP Polícia Federal mira deputados em operação que apura desvio de cotas parlamentares Conteúdo pornográfico é exibido em TV de recepção de hospital